Professores da Federal do Rio começam a voltar ao trabalho

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Publicado Sexta, 23 de Novembro de 2001 às 10:44, por: CdB

A decisão de "furar" a greve foi baseada no resultado da assembléia dos professores, quarta-feira, que aprovou, por 245 a 241, um indicativo de saída da paralisação. Ontem, turmas dos cursos de Medicina, Farmácia e Biologia tiveram aulas. Os professores que já estão trabalhando optaram por turmas dos períodos iniciais (1º e 2º). Na segunda-feira, os cursos do câmpus da Praia Vermelha (Urca, Zona Sul) e do câmpus do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Centro do Rio) também prometem retomar as aulas. "O que temos pedido aos colegas é que esperem a decisão nacional para retomar ou não as atividades porque esse não é um movimento isolado", afirma José Henrique Sanglard, presidente da Associação dos Docentes da UFRJ. Ele disse que não considera a aprovação do fim da paralisação uma derrota dos professores grevistas. "Não me sinto derrotado. Acho que quem deveria ter vergonha é o Governo, porque ficou claro que ele não tem interesse em melhorar a universidade. O movimento serviu para tirar a pele de cordeiro do lobo." Os alunos comemoraram a volta dos professores ao trabalho na Faculdade de Medicina. "É um alívio ter aula de novo. Quero terminar o curso em quatro anos e já estava ficando preocupada", disse Cássia Costa Lores, 19 anos, aluna do primeiro período de Fisioterapia na UFRJ. " Assembléia Na próxima terça-feira, os professores da UFRJ fazem nova assembléia e esperam que até lá o comando nacional de greve tome uma decisão. Segundo Sanglard, a organização nacional do movimento ainda espera que as outras universidades federais em greve decidam se querem ou não continuar a paralisação. UERJ O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cesepe) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) decidiu ontem manter as datas das provas discursivas do vestibular Estadual 2002, marcadas para 2 e 16 de dezembro. Na semana passada, alunos das escolas federais foram à Uerj pedir o adiamento do vestibular. Os estudantes afirmam que estão em desvantagem em relação aos outros candidatos porque ficaram cerca de três meses sem aula.

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