Por Liga Bolchevique Internacionalista 01/06/2011 às 03:35
Aos revolucionários marxistas cabe não só denunciar mais esse embuste midiático a serviço de legitimar a dominação imperialista sobre a região, como também a impostura delirante do vendido revisionismo e de seu novo "pop star"
José Piaggesi junto aos arquirreacionários "rebeldes" monarquistas armados
PROFESSOR ARGENTINO NA GUERRA CIVIL DA LÍBIA
O HERÓI "REBELDE" A SERVIÇO DA OTAN, VITRINE DA GRANDE MÍDIA CAPITALISTA E DA ESQUERDA REVISIONISTA
A grande mídia capitalista mundial vem dando enorme cobertura à presença do professor argentino José Piaggesi na Líbia. Não por "mera coincidência" ele é apresentado desde os monopólios capitalistas de informação até as correntes revisionistas argentinas (IS, CS etc.) como uma espécie de herói dos "rebeldes" financiados pela CIA. CNN, Rede Globo, El País etc... a imprensa internacional o trata como uma verdadeira celebridade, dando-lhe generoso espaço em seus noticiários. Chegam ao patético de o apresentarem cretinamente como o Che Guevara do século XXI, já que o argentino teria viajado até a Líbia para "lutar contra a ditadura". Tamanha farsa repugnante tem o claro objetivo de galvanizar apoio e simpatia à genocida intervenção da imperialista na Líbia, já que José Piaggesi é apresentado como um "jovem de esquerda argentino" que luta ao lado dos "rebeldes" de Benghazi.
A histérica UIT (CST no Brasil) usa o "pop star" rebelde para defender que "A presença desse combatente latino-americano põe a necessidade que os rebeldes líbios recebam a solidariedade dos povos do mundo em sua luta para derrotar o ditador Kadafi e que exijam de seus governos o envio de voluntários e armas". Como se vê o conjunto do revisionismo argentino, além de ajudar a mídia capitalista a prostituir a figura de Che, que dedicou sua vida a lutar contra o imperialismo e não a combater em suas trincheiras, como vergonhosamente faz a esquerda pseudotrotskysta argentina pró-OTAN, usa seu novo "herói" midiático para fazer campanha por "armas para os rebeldes" se colocando abertamente pela vitória militar das grandes potências contra o governo nacionalista-burguês, atacado diuturnamente pelos bombardeios da OTAN e pelas tropas mercenárias por terra.
Como parte desse espetáculo, José Piaggesi prega em seu script típico de filme de Hollywood entre "mocinhos" e "bandidos" que "Vencemos ou morremos até que caia o ditador Kadaffi". A grande mídia aplaude e patrocina esse surrado enredo a serviço da recolonização imperialista sob o manto da "democracia". Aos revolucionários marxistas cabe não só denunciar mais esse embuste midiático a serviço de legitimar a dominação imperialista sobre a região, como também a impostura delirante do vendido revisionismo e de seu novo "pop star".
Não por coincidência, também no Brasil a mídia reacionária vem promovendo figuras até então anônimas da esquerda revisionista, que se dispõe a atacar as "ditaduras de Fidel e Kadaffi" em rede nacional. Trata-se evidentemente de uma "política editorial" das classes dominantes para desmoralizar o genuíno comunismo e a luta anti-imperialista em seu conjunto. Para a vanguarda classista deve ficar absolutamente claro que é impossível neste momento estabelecer qualquer "unidade de ação" com esta escória do revisionismo, postada no campo do fascismo na guerra civil da Líbia. Imaginem o cinismo que seria realizar, na guerra civil espanhola, uma frente com os franquistas contra os bombardeios do imperialismo nazista sobre Guernica. Um absurdo inimaginável justamente porque os bombardeios da Luftwaffe eram coordenados pela reação franquista! Na guerra civil da Líbia ocorre o mesmo fenômeno político de alinhamento militar incondicional entre os "rebeldes" e os bombardeios da OTAN. Os canalhas revisionistas apoiadores dos "insurgentes" pró OTAN, devem ser vigorosamente denunciados como a quinta coluna do imperialismo na guerra civil da Líbia.
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA
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