Previsão de crescimento do PIB brasileiro tem queda de 0,8%

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Publicado Segunda, 21 de Abril de 2003 às 09:09, por: CdB

O Departamento de Economia do BicBanco reduziu sua previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro este ano de 2,8% para 2,0%. Essa revisão, segundo o economista Luiz Rabi, chefe do departamento, se deve à necessidade de elevações da taxa de juros no primeiro trimestre visando a combater a inflação. Mas ela ganhou também uma força adicional dos resultados da 26ª Pesquisa Conjuntural realizada pelo banco em abril com 84 empresas que movimentam mais de R$ 240 milhões por ano e que mostraram resultados negativos com relação às expectativas de seus negócios. "Se a retomada da queda da taxa de juros demorar ainda mais, as projeções para o crescimento econômico sofrerão nova revisão para menor", alerta o economista-chefe do BicBanco. A reboque do conjunto das informações econômicas disponíveis, a instituição manteve sua previsão para a inflação medida pelo IPCA de 2003 em 11,5%. Esta taxa, conforme ressalta Rabi, continua bem acima da meta oficial, mas abaixo da média apurara junto aos departamentos econômicos dos bancos e consultorias especializadas, que está em torno de 12,5%. "A possibilidade de redução dos preços dos combustíveis, tendo em vista a recente queda do dólar, se efetivada, contribuirá para reduzir a inflação esperada para 2003, fato que nossa projeção já contempla", diz Luiz Rabi. Ele promoveu também uma redução em cerca de US$ 2 bilhões nas estimativas de exportações por causa da apreciação cambial e baixo dinamismo internacional. Porém, a projeção para o saldo comercial manteve-se praticamente inalterado, em US$ 17 bilhões, já que na contrapartida da queda do dólar, as importações também deverão cair em torno de US$ 2 bilhões por causa do menor crescimento interno. O dólar médio deverá ficar em R$ 3,35 este ano. O déficit em transações correntes, segundo previsão do economista, deverá fechar em 0,7% do PIB e os investimentos diretos deverão atingir US$ 12 bilhões. A dívida líquida deve ficar em 55,5% do PIB e o superávit primário em 4,3% do produto.

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