O presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, apóia as mudanças políticas propostas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, algo que muitos países ocidentais criticam, alegando que elas limitam a democracia, disse nesta terça-feira o Wall Street Journal. Mas Wolfensohn manifestou preocupação com os limites da liberdade de imprensa no país e com as medidas contra a empresa petrolífera YUKOS.
Wolfensohn disse em entrevista ao jornal que não duvida das intenções de Putin ao mudar o sistema eleitoral para aumentar o poder do Kremlin. Putin tinha declarado que as mudanças são necessárias para combater o terrorismo, após uma série de ataques na Rússia.
Os Estados Unidos e a União Européia (UE) disseram que as reformas - incluindo a nomeação direta de governadores - prejudicam a democracia, mas Wolfensohn foi mais simpático às medidas.
- Pessoalmente, reluto em concluir que suas intenções são más - disse.
O presidente russo anunciou as mudanças depois de uma série de ataques de rebeldes chechenos e do sequestro na escola de Beslan que terminou com mais de 320 reféns mortos, sendo metade crianças.
- Acho que Putin tem uma questão muito difícil para enfrentar. O ato de barbarismo enfureceu o país inteiro e a primeira reação é pela segurança e para tentar centralizá-la - afirmou.
- Continuo acreditando que Putin está tentando controlar o país, e o país não está sob controle. Então, sinto por ele - sedntenciou.
Wolfensohn criticou medidas para limitar a liberdade de imprensa. Programas de atualidades foram tirados do ar e críticos acusam jornais de selecionar notícias.