Presidenta se saiu muito bem em sua semana de ONU

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Publicado Sexta, 23 de Setembro de 2011 às 05:20, por: CdB

Nesta 6ª feira em que a presidenta da República, Dilma Rousseff, já volta para casa depois do cumprimento de uma agenda de cinco dias em Nova York que teve como pontos altos sua participação em debates na ONU e o encontro com outros chefes de Estado e de governo, o balanço que se pode fazer leva à conclusão de que ela se saiu muito bem nessa 5ª incursão internacional desde a sua posse há nove meses.

A presidenta marcou posição clara nos principais pontos de nossa diplomacia. Defendeu soluções novas e multilaterais, rechaçou com veemência a recess~çao como solução, cobrou as reformas do sistema financeiro global e da ONU e nossa presença, como membro permanente, no Conselho de Segurança da Organização.

"Eu disse ontem (na abertura da Assembléia Geral) - lembrou a governante brasileira - que não é mais possível dar respostas antigas, velhas, e ultrapassadas e que é importante procurar respostas novas para problemas novos. Eu não acredito que se saia da crise produzindo recessão. O Brasil está numa situação tranquila, mas não podemos ficar pregando receituários para o mundo, queremos é participar e assumir nossas responsabilidades."

Não pode pregar desnuclearização e não praticá-la


"Não somos responsáveis pela crise - prosseguiu - e não somos aqueles que a sofrem diretamente. Mas, também não se pode alegar que não sofremos as consequências indiretas dela. Sofremos  e, como tal, julgamos ter todo o direito de participar e de discutir as saídas . A configuração das soluções, eu não acredito que seja passível de ser dada pela ação de uma economia ou de um grupo pequeno de países. Temos que procurar a solução conjuntamente."

Muito boa sua decvisão, também, de reiterar várias vezes que as saídas para a crise têm de ser com a participação de toda a comunidade internacional, que em seu conjunto não é responsável por ela, mas paga o preço da instabilidade do dólar, da guerra cambial e da recessão e desemprego que afetam a maioria dos países desenvolvidos, a começar pelos Estados Unidos e os da Europa.

Também na questão nuclear a presidenta foi firme e direta. Não dá para pedir aos outros, como fazem potências nucleares e países que já utilizam a energia nuclear, e não praticar a política de desnuclearização mundial como eles se negam a fazer.

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