Presidenta da CEBDS defende mais investimentos em educação para melhorar qualidade do ensino

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Publicado Terça, 27 de Setembro de 2011 às 12:37, por: CdB

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A presidenta do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, defendeu hoje (27) mais investimentos em educação para que o país melhore a qualidade do seu ensino. Segundo ela, o Brasil vem melhorando o seu passivo social, mas ainda falta resolver a questão da educação, e que as empresas não podem ficar de fora desse processo. “A educação tem de ser mais democratizada. A gente precisa estar direcionando as empresas também para isso”. A consequência, para a presidenta do CEBDS, é a maior capacitação da mão de obra.

Marina Grossi também falou sobre o cenário atual da sustentabilidade no país. Segundo ela, o Brasil, desde a Rio 92, melhorou muito nessa área. “O Brasil está muito melhor na foto do que estava em 1992, quando a gente fez a Rio 92, aqui no Brasil”. A presidenta da CEBDS lamentou, apenas, que o país não esteja sabendo aproveitar as melhorias registradas em várias áreas desde aquela data. “A gente melhorou socialmente, tem uma matriz mais limpa do que o resto do mundo. E hoje, mais do que em 1992, você fala de economia verde com mais propriedade. O Brasil está melhor do que os outros países nessa questão”.

Recomendou, porém, a necessidade de organização das várias iniciativas que hoje são pequenos projetos e pequenos incentivos, mas que não fazem parte de uma gestão mais estruturada, “nem nas empresas, nem no governo, na escala e na rapidez que precisa”. Segundo Marina Grossi, os principais desafios a serem vencidos incluem a redução da pobreza, a provisão de alimentos para todos, a inclusão das pessoas que ainda não participam dos bens de consumo no Brasil. Advertiu, entretanto, que essa participação deve ocorrer de forma mais sustentável. “E os que já consomem, consumam de forma mais inteligente”.

Ela acredita que durante o Sustentável 2011 serão detectadas oportunidades de negócios relacionados ao desenvolvimento sustentável. Observou que “as empresas que não percebem a sustentabilidade como ativo não vão sobreviver” e que o governo tem de auxiliar nisso por meio da formulação de políticas públicas adequadas que incentivem esse processo. “Para o Brasil ser campeão nessa corrida que ele está liderando, por acaso, é preciso que haja uma coordenação, uma parceria mais efetiva público privada, envolvendo a sociedade também”, disse a presidente do CEBDS.

O CEBDS está promovendo o 4º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável (Sustentável 2011), aberto hoje na capital fluminense. O evento é preparatório para a Conferência das Nações Unidas Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, em 2012.

 

Edição: Aécio Amado

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