Prefeituras do interior de SP demitem funcionários

Mais de 800 funcionários contratados sem concurso público foram demitidos nos últimos dois dias pelas prefeituras de Catanduva, Ilha Solteira e Fernandópolis, no interior de São Paulo.

Em Catanduva, o prefeito Afonso Machione Neto (PSDB) demitiu 400 funcionários contratados sem concurso para frentes de trabalho formadas pelo ex-prefeito Félix Sahão (PT). Os trabalhadores, empregados em regime temporário, atuavam na limpeza de ruas e terrenos. Segundo Machione Neto, a ex-gestão petista também não pagou a segunda parcela do 13.º salário e não entregou as cestas básicas dos 2.900 funcionários públicos municipais, além de ter deixado dívidas de R$ 30 milhões com fornecedores.

Segundo ele, a prioridade agora é quitar o 13.º salário, que consumirá cerca de R$ 1 milhão. Com as demissões, Machione Neto espera economiza R$ 106 mil por mês.

Em Ilha Solteira, a prefeita Odília Gomes (PSL) começou a demitir parte dos 300 funcionários que ocupam cargos de confiança contratados sem concurso público pelo ex-prefeito Dílson Jacobucci (PPS). As funções representam 30% do quadro de mil funcionários públicos da prefeitura.

Com a economia, Odília afirma esperar aumentar os investimentos na cidade e pagar débitos deixados pela administração anterior. A extinção dos 300 vagas foi aprovada pela Câmara Municipal, em sessão extraordinária realizada na noite de domingo (02).

Em Fernandópolis, extremo norte do Estado, o prefeito Rui Okuma (PP) exonerou 104 servidores que ocupavam cargos de chefia, além de técnicos e pessoal de segundo escalão, contratados sem concurso pelo ex-prefeito Adilson Campos (PT).

Rui Okuma cumpriu uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que havia aconselhado a Campos a substituição dos servidores por outros contratados em concurso. O ex-prefeito de Fernandópolis prometeu fazer a troca, mas não cumpriu a promessa até o fim do mandato.