O preço do petróleo voltou a disparar nesta sexta-feira, na expectativa da apresentação do segundo relatório do chefe dos inspetores de armas da ONU ao Conselho de Segurança.
Nos Estados Unidos, o barril chegou a US$ 36,70 às 13h, horário de Brasília, o maior nível desde 1991, quando aconteceu a Guerra do Golfo e o barril chegou a US$ 37.
A alta do petróleo já está no seu quarto dia consecutivo.
O preço do barril de petróleo cru no mercado futuro de Londres está em US$ 32,61, um pico que não havia sido alcançado desde o final do ano 2000.
Diferença
Apesar do preço de Londres não ter acompanhado a alta americana, o maior volume de negociações é nos Estados Unidos.
De acordo com o DBS Bank de Cingapura, “dois riscos geopolíticos” estão contribuindo para a alta. O da guerra contra o Iraque e a escalada nas tensões com a Coréia do Norte.
“O cenário de guerra no Iraque está ficando mais confuso do que o mercado havia previsto”, afirma um relatório do banco.
Os preços aumentaram mais de 35% desde dezembro, com a alta alimentada por baixos estoques nos Estados Unidos, a ameaça de guerra no Oriente Médio e a greve geral da Venezuela, que reduziu a oferta mundial do produto.
“O mercado está ´precificado` para o pior cenário, mas o preço ainda pode subir quando o conflito começar”, afirmou o analista David Thurtell, do banco Commonwealth, em Sydney.