Preço da cesta básica mantém tendência de queda e cai em 11 de 17 capitais

Arquivado em:
Publicado Segunda, 09 de Abril de 2012 às 05:00, por: CdB
Preço da cesta básica mantém tendência de queda e cai em 11 de 17 capitais

Salário mínimo necessário foi calculado pelo Dieese em R$ 2.295,58, 3,69 vezes o valor oficial

Por: Redação da Rede Brasil Atual

Publicado em 09/04/2012, 10:46

Última atualização às 10:46

Tweet

São Paulo – Os preços da cesta básica caíram em março em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, mantendo tendência de queda, segundo o instituto. As principais retrações foram registradas em Goiânia (-6,73%), Vitória (-2,60%), Rio de Janeiro (-2,55%) e Porto Alegre (-2,01%). E os aumentos ocorreram apenas em capitais do Nordeste e Norte: Salvador (3,60%), Aracaju (2,03%), Manaus (1,77%), Recife (1,68%), João Pessoa (0,89%) e Natal (0,36%). Nas duas regiões, só houve retração em Fortaleza (-1,33%)

Em São Paulo, o preço caiu 1,19%, mas mesmo assim a cesta básica continuou sendo a mais cara (R$ 273,25), superando Porto Alegre (R$ 264,19), Belo Horizonte (R$ 260,93) e Vitória (R$ 260,23). Apesar da alta, a de Acaraju continuou a de menor custo (R$ 192,41)., seguida de Fortaleza (R$ 211,39).

Com base no valor mais alto, o Dieese calculou em R$ 2.295,58 o salário mínimo necessário para um trabalhador e sua família. A quantoa corresponde a 3,69 vezes o mínimo em vigor (R$ 622). Essa proporção era de 3,74 vezes em fevereiro e de 4,12 vezes em março do ano passado.

Em março, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou cumprir jornada média de 84 horas e 53 minutos para adquirir a cesta. Tempo menor do que o gasto em fevereiro (85 horas e 30 minutos) e março de 2011 (96 horas e 13 minutos).

Entre os produtos, o preço do óleo de soja subiu em 14 das 17 cidades, chegando a 7,45% em Florianópolis. "A seca de meados de 2011 causou quebra na safra de soja, matéria-prima para produção do óleo, reduzindo a oferta e encarecendo o produto. Para esse resultado também contribuiu o crescimento da demanda internacional", diz o Dieese.

O feijão aumentou em 13 cidades, com destaque para Manaus (12,53%). "Desde 2010, o feijão vem mantendo preços muito elevados por influência do clima: o principal plantio ocorre em setembro e sofreu atraso de dois meses devido a seca, além de haver redução na área plantada. No ano passado, a estiagem provocou quebra na safra, mantendo o preço elevado. Isto pode influenciar no aumento do plantio para a próxima safra, condição necessária para a quedado preço." E o pão teve alta em 11 municípios, "com taxas moderadas", subindo 4,36% em Salvador.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo