O secretário de Estado americano, Colin Powell, excluiu a retirada precipitada das tropas americanas no Iraque diante da multiplicação dos ataques e responsabilizou os sunitas iraquianos por essas ações, numa entrevista publicada neste sábado.
- Nós ficaremos no Iraque até o restabelecimento da segurança e da estabilidade. Nossas forças não são atacadas por um exército mas por grupos rebeldes que não representam o povo iraquiano - disse Powell ao jornal Asharq Al Awsat. - Nós queremos encerrar nossa presença no Iraque o mais cedo possível, mas não daremos jamais as costas para fugir porque a situação se torna difícil - afirmou.
As forças da coalizão perderam desde o domingo passado 29 soldados e dois civis americanos morreram, tornando a última semana a mais difícil desde a queda do regime de Saddam Hussein em 9 abril. Os ataques mais assíduos ocorrem no chamado "triângulo sunita, que engloba Bagdá e as regiões ao norte e ao oeste da capital, de onde vem também Hussein, que é sunita.
- Um dos problemas dos sunitas no Iraque é a ausência do ex-partido Baath. Não têm mais organizações ou dirigentes políticos que os representem - declarou Powell. - "O melhor meio para que os sunitas sirvam a seus interesses reside em sua participação no processo de elaborar a Constituição e não no terrorismo - concluiu.