O primeiro-ministro português, Durão Barroso, admitiu nesta terça-feira que Portugal poderá enviar forças para o Iraque sem um mandato internacional, contrariando assim a posição defendida pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.
Sampaio condicionou a participação portuguesa no esforço de estabilização do Iraque no pós-guerra à existência de um mandato de uma organização internacional a que Portugal pertença (ONU, NATO ou União Europeia).
Questionado pelos jornalistas sobre a posição do Presidente da República acerca do assunto, Durão Barroso afirmou que o importante “é responder às necessidades do povo iraquiano em vez de estarmos com uma discussão teológica ou formal”.
Numa conferência de imprensa com o presidente alemão, Johannes Raus, o primeiro-ministro afirmou que Portugal “tem o dever de ser consequente” com o apoio político que sempre prestou à intervenção anglo-americana no Iraque.
O primeiro-ministro não precisou os moldes da participação portuguesa no esforço, assegurando apenas que o governo está a estudar o assunto e anunciará oportunamente ao país “a decisão que tomou nessa matéria”.