O primeiro-ministro português, Durão Barroso, admitiu nesta terça-feira que Portugal poderá enviar forças para o Iraque sem um mandato internacional, contrariando assim a posição defendida pelo Presidente da República, Jorge Sampaio. Sampaio condicionou a participação portuguesa no esforço de estabilização do Iraque no pós-guerra à existência de um mandato de uma organização internacional a que Portugal pertença (ONU, NATO ou União Europeia). Questionado pelos jornalistas sobre a posição do Presidente da República acerca do assunto, Durão Barroso afirmou que o importante "é responder às necessidades do povo iraquiano em vez de estarmos com uma discussão teológica ou formal". Numa conferência de imprensa com o presidente alemão, Johannes Raus, o primeiro-ministro afirmou que Portugal "tem o dever de ser consequente" com o apoio político que sempre prestou à intervenção anglo-americana no Iraque. O primeiro-ministro não precisou os moldes da participação portuguesa no esforço, assegurando apenas que o governo está a estudar o assunto e anunciará oportunamente ao país "a decisão que tomou nessa matéria".
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Portugal vai enviar tropas ao Iraque mesmo sem mandato internacional
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Publicado Terça, 06 de Maio de 2003 às 08:29, por: CdB
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