Polônia compra 48 caças F-16 dos EUA

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Publicado Sexta, 18 de Abril de 2003 às 07:01, por: CdB

A Polônia acabou de assinar um acordo bilionário para a compra de 48 aviões de guerra dos Estados Unidos. É o maior contrato de defesa assinado por um ex-aliado da União Soviética desde o fim da Guerra Fria. A compra dos F-16 americanos da empresa Lockheed Martin foi acertada na presença do primeiro-ministro polonês Leszek Miller na cidade de Deblin, 100 km ao sul de Varsóvia, nesta sexta-feira. O acordo de US$ 3,5 bilhões envolveu um programa compensatório de investimentos e empréstimos para a Polônia no valor de US$ 12 bilhões. "É o contrato do século", disse o ministro da defesa da Polônia, Jerzy Szmajdzinski, durante a cerimônia de assinatura do contrato. Otan O ministro também teria descrito o acordo como "o reforço de laços estratégicos com os Estados Unidos", de acordo com a agência de notícias France Press. O pacote ressalta os fortes laços que existem entre os Estados Unidos e a Polônia, reforçados nos últimos meses com o apoio de Varsóvia à Guerra no Iraque. A Polônia precisa dos aviões para atender reivindicações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que o país passou a integrar em 1999. Além das aeronaves, o contrato cobre peças de reposição, mísseis, bombas e treinamento para pilotos poloneses. A entrega dos aviões começa em 2006. As empresas especializadas em materiais de defesa dos Estados Unidos e da Europa participaram de uma disputa acirrada para conseguir o contrato. O consórcio anglo-sueco BAE Systems-Saab, que produz o JAS-39 Gripen, e a empresa francesa Dessault Aviation, que faz o Mirage 2000-5, também participaram da licitação. Investimentos confirmados nesta sexta-feira incluem um projeto da General Motors para modernizar sua filial polonesa. De acordo com a GM, isso fará suas exportações aumentarem de US$ 200 milhões para cerca de US$ 600 milhões ao ano. As empresas de informática polonesas Computerland e Prokom também fazem parte do acordo de compensação, mas detalhes sobre os investimentos ainda não são públicos. Líderes políticos na Polônia esperam que o acordo crie empregos e estimule a economia do país, que cresceu apenas 1% no ano passado.

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