Polícia prende suspeitos de fraudes em concursos públicos

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Publicado Quarta, 21 de Outubro de 2015 às 11:57, por: CdB
Por Redação, com ABr - de São Paulo: A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira 14 pessoas acusadas de fraudar provas de concursos públicos para ingresso em várias áreas, principalmente do Judiciário. As prisões ocorreram nos Estados de São Paulo, Paraná, Alagoas, Rio de Janeiro e Rondônia, durante a Operação Afronta. Entre os presos, dez eram candidatos que pagaram valor dez vezes acima do que iriam receber como salário nos cargos pretendidos.
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A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira 14 pessoas acusadas de fraudar provas de concursos públicos
A PF investigava a ação da organização criminosa há cerca de quatro meses. Segundo o delegado Victor Rodrigues Alves Ferreira, 50 suspeitos estão sendo investigados. O líder da organização, que não teve o nome revelado, continua foragido. De acordo com o delegado, o líder é de Alagoas, mas transitava entre São Paulo e Rondônia. Conforme o delegado, o grupo agia há pelo menos quatro anos. Em caso de condenação, os criminosos poderão pegar pena de quatro anos de reclusão e ainda ter de responder por formação de quadrilha. Os candidatos envolvidos serão submetidos a análise de cada caso. Victor Rodrigues Alves afirmou que há ligação com os organizadores do concurso público ou com os tribunais. A descoberta da fraude ocorreu após o Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspeitar da semelhança do texto discursivo da prova de candidatos da cidade de Sorocaba, que disputaram vagas para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário. Para garantir a aprovação do candidato, a organização criminosa inscrevia alguns de seus integrantes com a missão de entrar na sala de concurso como se fossem fazer a prova. Na verdade, eles só fotografavam as questões por meio de um microcâmera. Uma hora depois de iniciado o teste, eles saiam do local e enviavam as questões para outros integrantes, que se encarregavam de enviar as respostas corrigidas aos candidatos. Estes recebiam os dados por meio de pontos eletrônicos, que, segundo o delegado, precisavam de imãs no momento da retirada.
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