Polícia informa que 64 PMs presos na Operação Tingüi estão soltos

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Publicado Quinta, 20 de Dezembro de 2007 às 14:07, por: CdB

Sessenta e quatro policiais militares dos 75 presos na Operação Tingüi, realizada em dezembro de 2006, pela Polícia Federal, já deixaram a prisão nesta quinta-feira. A decisão da 1ª Vara Criminal de Madureira, subúrbio do Rio, entendeu que esses agentes não oferecem mais risco para a sociedade e nem para o processo. A informação é da assessoria da PM.

Os suspeitos estariam ligados a traficantes da Favela do Muquiço, em Guadalupe, no subúrbio. A investigação começou depois que a polícia descobriu a ligação entre guerrilheiros angolanos e traficantes. Os africanos seriam responsáveis pelo treinamento do uso de armas e de táticas de guerra na comunidade.

Segundo o Tribunal de Justiça, eles foram presos inicialmente porque havia a suspeita que esses agentes poderiam atrapalhar o andamento do processo com produção de provas falsas e intimidação de testemunhas. Os agentes foram detidos sob a acusação de tráfico de drogas, armas e ainda roubos e seqüestros.

O TJ informa ainda que os policiais estão proibidos de trabalhar nas ruas e não poderão exercer qualquer função nos batalhões que estavam lotados anteriormente. Eles responderão o processo em liberdade.

Já alguns presos não receberam o alvará de soltura por ainda representar algum risco para o andamento do processo. O TJ não divulgou quantos são.

A Operação Tingüi - nome do córrego que corta a favela – reuniu 380 policiais federais do Rio, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo e do Comando de Operacional Tático (COT) em apoio a 330 policiais militares. Os PMs foram presos nos batalhões onde estavam lotados. Todo o material encontrado nos armários e nos carros dos policiais foi apreendido e levado para a sede da Polícia Federal. Segundo a assessoria da PM, foi o maior número de policiais militares presos de uma única vez em toda a história da corporação carioca.

O comandante do 14º. BPM (Bangu), coronel Celso Nogueira, que há três meses estava no batalhão, foi afastado do cargo.

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