Polícia faz operação contra venda de carteira de motorista falsificada

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Publicado Quinta, 11 de Junho de 2015 às 10:02, por: CdB
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O grupo é suspeito de imprimir carteiras nacionais de habilitação a partir de modelos originais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran)
Policiais civis fizeram nesta quinta-feira operação para prender suspeitos de envolvimento com um esquema de fraude na emissão de carteiras de motorista. Estão sendo cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e em municípios do Grande Rio. Até o momento, dez pessoas foram presas. O grupo é suspeito de imprimir carteiras nacionais de habilitação a partir de modelos originais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Eles são suspeitos de adquirir esses modelos e inserir os dados do comprador da carteira falsa. Em apenas três meses, segundo a Polícia Civil, foram expedidos 218 documentos falsos. Acredita-se que a fraude tenha movimentado R$ 3 milhões no período de um ano. A Polícia Civil não divulgou o número de mandados de prisão que estão sendo cumpridos.

Clínica clandestina

A Polícia Civil do Rio de Janeiro fechou uma clínica clandestina em Campo Grande, na Zona Oeste da capital Fluminense, que fazia procedimentos estéticos, como lipoaspiração e aplicação de polimetilmetacrilato, conhecido como metacril e usado em centros de estética e laboratórios para correção em várias partes do corpo. A substância é um implante injetável e não absorvível pelo organismo e, se não for bem aplicada, pode trazer sérios riscos à saúde do paciente. A clínica fechada na terça-feira estava instalada na parte superior de um salão de beleza e não tinha alvará de funcionamento. A proprietária da falsa clínica, Cassia Santos de Lima Menezes, e o médico Willian Toussanit Bonhete foram presos em flagrante, autuados no Artigo 273, Parágrafo 1°, Alínea B, do Código Penal (crime hediondo). Se condenados, a pena de reclusão varia de 10 a 15 anos. Os dois conseguiram liberdade provisória na Justiça e vão responder pelo crime em liberdade. A operação contou com apoio da Vigilância Sanitária estadual, que constatou que o espaço era insalubre e não tinha autorização para funcionamento. Foram apreendidos diversos medicamentos de venda controlada, como agulhas, seringas, materiais para cirurgia e drenos. O delegado Hilton Pinho Alonso, titular da Delegacia de Campo Grande, responsável pela investigação, disse que, no chão do banheiro, que aparentava ser o local da esterilização, foram encontrados materiais para a realização dos procedimentos estéticos. Alonso informou ainda que, durante a operação policial, três clientes passavam por  procedimentos cirúrgicos no local. Eles foram encaminhadas pelo Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu) para o Hospital Estadual Rocha Faria, devido ao estado de saúde em que se encontravam. Segundo o delegado, já havia registro policial de uma vítima que, após uma lipoaspiração na falsa clínica, teve que ser internada em uma casa de saúde. De lá, devido à gravidade do seu estado de saúde, foi transferida para o centro de terapia intensiva de outro hospital, onde ficou internada até se recuperar da infecção contraída durante o procedimento cirúrgico.
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