Polícia da Espanha prende marroquinos ligados ao EI

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Publicado Terça, 03 de Novembro de 2015 às 09:22, por: CdB
Por Redação, com agências internacionais - de Madri/Istambul: A polícia da Espanha deteve na madrugada desta terça-feira três marroquinos residentes em Madri, supostamente ligados ao Estado Islâmico, suspeitos de estarem planejando atentados terroristas em território espanhol. De acordo com um comunicado do Ministério do Interior espanhol, os três homens constituíam "um grupo vinculado à organização terrorista DAESH" (acrônimo árabe para o Estado Islâmico). Fontes da investigação citadas pelo próprio ministério indicaram que "os detidos estavam dispostos a executar, a qualquer momento, atos terroristas como os que aconteceram recentemente em outros países" próximos da Espanha. O ministério não especificou quais os atentados e países, mas França e Tunísia foram palco no último ano de atentados realizados por terroristas isolados de uma estrutura formal do Estado Islâmivco (denominados lobos solitários) contra transportes públicos ou museus. O jornal El País acrescenta que os detidos, através de conversações telefônicas ou pela internet, falavam da necessidade de "atuar já na Espanha", ainda que sem dar detalhes das supostas operações. Em declarações na manhã de hoje, o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, afirmou que se trata de pessoas muito diferentes das recentemente detidas por cooptar simpatizantes para se unirem aos jihadistas, já que estes "estavam prontos a cometer atentados" e tinham "acesso a armas".
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A polícia da Espanha deteve na madrugada desta terça-feira três marroquinos residentes em Madri
As casas dos três suspeitos foram revistadas pelas autoridades. Dois deles foram detidos na Cañada Real Galiana, uma área conhecida como supermercado da droga, na cidade madrilenha de Rivas-Vaciamadrid, e o terceiro em Vallecas. O Ministério do Interior acrescentou que o grupo de marroquinos estava "perfeitamente organizado e hierarquizado". O líder da célula terrorista tinha como funções a captação de pessoas para o grupo Estado Islâmico, através da difusão de mensagens radicais e ordens da cúpula do grupo, controlava os jovens ou as jovens cooptados e dava treinamento e formação sobre métodos terroristas. Os outros dois elementos do grupo, também detidos, eram os operacionais da célula, e seriam os encarregados de executar eventuais atentados. No momento da desarticulação da célula, "os membros estavam completamente radicalizados (convertidos ao radicalismo islâmico) e numa fase de total assimilação da ideologia terrorista", manifestando a disposição para cometer um atentado na cidade de Madrid, disse o ministério. Durante a operação não foram ainda encontradas armas, mas o ministério do Interior diz que estes homens tinham acesso a um mercado ilícito de todo o tipo de armamento. A Espanha é o país europeu que fez mais operações contra membros do Estado Islâmico. Com a operação de hoje, sobe para 60 o número de detidos na Espanha por suspeita de ligações com o terrorismo islâmico. Além dessas, outras 27 pessoas foram presas em outros países, especialmente no Marrocos. Em quatro anos foram detidos 171 pessoas por jihadismo. O Governo espanhol mantém o alerta anti-terrorista no nível alto (quarto patamar, em uma escala que vai até cinco). Militantes do Estado Islâmico No último domingo, ataques aéreos realizados por aviões turcos e norte-americanos na Síria mataram, no sábado, mais de 50 militantes do Estado Islâmico e deixaram cerca de outros 30 feridos, disseram fontes de segurança segundo a agência de notícias estatal Anadolu.  Uma autoridade de alto escalão do governo disse à Reuters no sábado que jatos turcos haviam bombardeado alvos do Estado Islâmico na Síria na véspera dos turcos votarem na eleição parlamentar deste domingo. Seis jatos F-16 turcos que decolaram da base de Incirlik, no sul da Turquia, participaram da ofensiva aérea realizada entre as 7h e 12h (horário de Brasília), do sábado. Um drone da coalização também participou da missão, de acordo com a Anadolu. A agência disse que a operação destruiu oito alvos do Estado Islâmico em território sírio a cerca de 5 km da fronteira com a província turca de Kilis. A operação foi apoiada por forças terrestres turcas na Síria, acrescentou a Anadolu. A Turquia prometeu, em julho, assumir um papel mais ativo no combate ao Estado Islâmico, como parte de uma ofensiva de múltiplas frentes que também levou os turcos a intensificarem seus ataques contra militantes curdos.  
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