A maioria dos criatórios regionais está reservando o pescado para venda na Quinta e Sexta-feira Santa (05 e 06 de abril). Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri), em parceria com a Sepaq (Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura), promete cerca de 10 toneladas de peixe de água salgada. Bom para o consumidor, que poderá comprar a um preço menor diante da grande oferta.
Várias são as causas que podem ocasionar essa reserva para a Semana Santa, não se limitando apenas ao preço do produto. Dentre elas, o crescimento ideal dos peixes, considerando que o produto graúdo ou de médio porte tem mais aceitação no mercado, além do produtor ganhar no peso, comparando com o peixe miúdo.
Segundo o engenheiro agrônomo, Fábio Oliveira Alves, um dos coordenadores de piscicultura da Seagri, há outro fator que vai colaborar na oferta de pescado em Marabá, o fim da piracema. Com os pescadores da bacia hidrográfica do Araguaia/Tocantins voltando à pesca, vai aumentar o estoque de peixes regionais no município.
Quanto ao tamanho do pescado de criatórios, a maioria da espécie tambaqui ou tambacu (híbrido de pacu e tambaqui), o peso médio está entre um quilo e meio a dois quilos.
Qualidade do produto – Um dado interessante está relacionado à alimentação do peixe de criatórios. De acordo com o engenheiro agrônomo Fábio Oliveira Alves, um dos coordenadores de piscicultura da Seagri, hoje, 90% dos piscicultores regionais utilizam ração caseira ou industrial. “Eles perderam muito mercado utilizando esterco de porco. Isso ainda acontece em grandes fazendas, quando o proprietário cria peixe por esporte, sem interesse comercial, mas a prática espantou o consumidor”.
O peixe criado com fezes de porco tem gosto ruim e tamanho irregular; a maioria é de pequeno porte e de gordura de cor estranha, mais escura que a tradicional. O consumidor deve observar esse detalhe na venda de peixe vivo: ao perceber poucas unidades graúdas, o comprador deve desconfiar.