PF do Paraná apura prejuízos de escuta à Lava Jato

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Publicado Sexta, 15 de Maio de 2015 às 10:41, por: CdB
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A descoberta foi feita por acaso, enquanto os policias conversavam sobre outro grampo, descoberto na carceragem, no final do ano passado
  O grampo descoberto na sede da Polícia Federal (PF), nesta capital, agora é alvo de um inquérito para apurar os danos causados pelo dispositivo à Operação Lava Jato, desenvolvida por investigadores federais deste Estado. Um grupo de policiais descobriu, na noite passada, um dispositivo de escuta ilegal dentro da sede da PF em Curitiba. A descoberta foi feita por acaso, enquanto os policias conversavam sobre outro grampo, descoberto na carceragem, no final do ano passado. O grampo a que eles se referiam foi descoberto na cela de Alberto Youssef. Na semana passada, um agente da PF admitiu que foi ele quem colocou a escuta. E disse que o fez a mando de três delegados que participam da Operação Lava Jato. Este o segundo equipamento de escuta encontrado na sede da PF em Curitiba desde o início da Operação Lava Jato, em março do ano passado. No mês seguinte, em 2014, antes de assinar o acordo de delação, o doleiro Alberto Youssef apresentou um aparelho que estava na sua cela. Na conversa informal, no cafezinho, os policiais se tocaram de que sempre os agente usam aquele lugar para conversar. E pensaram se não poderia ter alguém ouvindo aquilo ilegalmente. Começaram a procurar e acharam em seguida. A escuta estava em uma caixa de lâmpada de emergência. Imediatamente, os policiais fizeram o registro da descoberta. Nos depoimentos que prestaram, consta que foi descoberto um aparelho “envolto em fita adesiva”, “aparentemente para captação de sinais sonoros” e “aparentando ter microfones nas pontas”. Curiosamente, um adesivo indicava o número “6”. A PF curitibana passou a ser alvo de interesse nacional principalmente depois que se tornou o centro da Operação Lava Jato, que investiga donos das maiores empreiteiras do país e políticos importantes no Congresso e em governos. Uma sindicância da PF, no entanto, concluiu que o aparelho estava inativo. Após a investigação, o juiz federal Sergio Moro concluiu que não houve violação aos direitos do doleiro porque não havia nenhuma gravação para provar que o equipamento havia sido usado.  
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