Petrobras fecha acordo com Dinamarca na área de biocombustíveis

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Publicado Sexta, 27 de Abril de 2007 às 15:53, por: CdB

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta sexta-feira que o acordo de cooperação no setor de combustível, que será assinado em setembro com a Dinamarca, tem grandes possibilidades de complementação de interesses estratégicos entre a estatal, os governos brasileiro e dinamarquês e as empresas daquele país. Gabrielli destacou os setores de biodiesel e etanol como os mais promissores para programas de cooperação, depois de se reunir, na sede da Petrobras, com o primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, e comitiva.

- Estamos bastante entusiasmados com essas possibilidades, principalmente depois do anúncio do plano de energia que o primeiro-ministro nos apresentou -, disse Gabrielli. Ele apresentou aos dinamarqueses o programa de investimentos da estatal brasileira.

O chefe de governo dinamarquês disse que a meta de seu país até 2020 é a de só utilizar o petróleo em 10% do sistema de transporte do país, por isso o interesse em intercâmbio de cooperação na formulação de fontes alternativas de energia. Anders Rasmussen disse que a Dinamarca é uma grande produtora de petróleo e gás natural e desenvolve com sucesso projetos de energia aeólica.

- Estive há dois dias com o presidente Lula para preparar um acordo entre o Brasil e a Dinamarca, com itens que possam desenvolver a cooperação entre os dois países, entre os dois governos e entre empresas privadas. Muita coisa pode ser realizada em conjunto pelos especialistas dos dois países, que poderão discutir todas as questões e fontes de energia -, lembrou Rasmussen.

O presidente da Petrobras também lembrou que a empresa já tem acordos relacionados a biocombustíveis com o Japão e a Itália, e está em negociações com a Dinamarca e a Noruega, além de acordos já assinados com o Chile, Paraguai, Peru, Colômbia e Venezuela.

- Esses acordos são memorandos de entendimentos para desenvolver modelos numa área completamente nova. Não existe mercado mundial de biocombustíveis ainda. Estamos em fase embrionária, em fase inicial do desenvolvimento desses negócios. Eu diria que onde estamos mais avançados é no Japão -, disse.

Gabrielli disse esperar que a humanidade se beneficie com a produção das formas alternativas de energia. Ao ser questionado sobre possíveis restrições feitas pelo governo dinamarquês à produção dos meios para essas fontes, como danos florestais e sociais, ele argumentou que um possível impacto ambiental em áreas improdutivas ou de pasto pode ser positivo ou invés de negativo.

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