A Petrobras pode contratar os serviços da Refinaria Ipiranga para processamento de petróleo, admitiu, neste domingo, a ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff.
- Eles estão fazendo um acordo de parceria, até porque a Ipiranga é uma refinaria pequena e esse acordo pode ser vantajoso para os dois - disse, sem dar detalhes do negócio, ao sair do café da manhã da Frente Popular para acompanhar o voto do candidato petista à prefeitura de Porto Alegre, Raul Pont.
A Ipiranga vem enfrentando problemas gerados pela defasagem entre o preço do petróleo no mercado internacional, que entra nos custos da empresa, e a cotação dos combustíveis no país, que entra nas receitas. Por conta do déficit financeiro do operação, reduziu a produção de 14 mil barris por dia em agosto para 9 mil barris por dia em setembro.
Nas primeiras negociações com o governo, a Ipiranga já citava a necessidade de reajuste de 27% a 30% nos preços da gasolina na refinaria, que representaria um repasse de cerca de 12% ao consumidor.
Pelos volumes que processa e comercializa, a Petrobras determina o valor de venda dos combustíveis. Mas a estatal reluta em mexer nos preços porque entende que as cotações internacionais estão oscilando muito. Prefere esperar uma estabilização para definir novos valores.
- Não há ainda um posicionamento a respeito - admitiu Dilma quando questionada se o aumento pode vir nesta semana, depois das eleições municipais