Petrobras diz que P-34 está estável mas ainda há risco de naufrágio

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Publicado Segunda, 14 de Outubro de 2002 às 13:37, por: CdB

A Petrobras divulgou uma segunda nota oficial, na tarde desta segunda-feira, sobre a situação do navio-platafomra P-34, que ainda corre risco de afundar na Bacia de Campos, após pane elétrica na tarde de ontem, que provocou sua inclinação a 32º. Segundo a nota oficial da estatal, "prosseguem as operações para o retorno da P-34 à sua situação normal". A Petrobras manteve a informação de que há estabilidade no grau de inclinação da plataforma. "Uma equipe de especialistas encontra-se na P-34 desde a manhã de hoje para a avaliação da situação e adoção das providências visando o retorno da plataforma ao seu equilíbrio normal", informa a nota, que repetiu informações sobre a unidade, mas não informa quais as causas do acidente, e as medidas que estão sendo tomadas. Ainda segundo o divulgado pela Petrobras, 12 embarcações e barreiras para a contenção e recolhimento de óleo foram acionados preventivamente. Construção A estatal confirmou que o responsável pela conversão do navio Presidente Prudente de Moraes na plataforma P-34 foi um consórcio formado pelos estaleiros Verolme, de Angra dos Reis, e Ishibrás, na Ilha do Caju. Ambos os estaleiros pertencem hoje a outros grupos. O Ishibrás foi arrendado pelo estaleiro Sermetal e o Verolme, pelo Fels-Setal. O navio que foi adaptado para ser a P-34 é um dos mais antigos da frota da Petrobras. Na década de 50, ele transportava petróleo do Oriente Médio para o País. Posteriormente, na década de 70, foi ampliado e adaptado para a exploração do petróleo no campo de Garoupa, também na Bacia de Campos. Somente em 1994 o navio foi transformado na atual FPSO, sigla de Floating Production, Storage and Offloading, ou unidade flutuante de produção, processamento e estocagem de óleo e gás natural. Leia, abaixo, a íntegra da nota oficial da Petrobras: Prosseguem as operações para o retorno da plataforma Petrobras 34 à situação normal, após a ocorrência de ontem a tarde, que resultou num adernamento de 32 graus. A situação de estabilidade da plataforma permanece inalterada desde então. Uma equipe de especialistas encontra-se na P-34 desde a manhã de hoje para a avaliação da situação e adoção das providências visando o retorno da plataforma à situação normal de equilíbrio. A P-34 é um FPSO (Floating Production and Storage Offloading), ou seja, um navio com capacidade para processar hidrocarbonetos, armazenar petróleo e prover o seu escoamento para navios de transporte de óleo. Tem 240 m de comprimento, está instalada a 80 km da costa, em 840 m de profundidade de água e recebe a produção de oito poços do campo de Barracuda e dois poços do campo de Caratinga. Tem capacidade para estocar 45 mil m3 de petróleo em seus 17 tanques de armazenamento. No momento, a plataforma tem 12 mil m3 de petróleo em seus tanques. Originalmente, a P-34 era um navio-tanque, para transporte de petróleo, denominada Presidente Prudente de Moraes (ou abreviadamente PPMORAES). Em 1976, a embarcação foi transformada em unidade de produção, sendo instalada no campo de Garoupa, na Bacia de Campos, em lâmina d´água de 100 metros. Em 1996/97, foi transformada em FPSO pelo Consórcio formado pelas Indústrias Verolme e Ishibras, no Rio de Janeiro, passando a se denominar P-34. Em setembro de 1997, passou a operar nos campos de Barracuda e Caratinga, onde permanece até hoje. No momento da ocorrência, a plataforma estava produzindo 5,4 mil m3/d de óleo e 195 mil m3/d de gás. Houve falha elétrica e a P-34 teve sua produção interrompida automaticamente pelo sistema de segurança. Doze embarcações e barreiras para contenção e recolhimento de óleo foram acionados preventivamente. Assessoria de Imprensa

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