Pesquisa revela que roubo de dados afeta 55% dos internautas no Brasil

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Publicado Terça, 29 de Maio de 2007 às 13:38, por: CdB

Um estudo divulgado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), nesta terça-feira, indica que pelo menos 20,3% dos internautas brasileiros já foram vítimas do roubo de dados de quem utiliza a Internet. Este golpe pode ser útil na realização de transferências financeiras e também no pagamento de contas on-line.

Segundo o estudo, no total, 55,5% dos internautas do país já tiveram problemas relacionados à segurança, um dos fatores que dificultam o crescimento do comércio eletrônico no país - 11% daqueles que não fazem compras on-line citam como motivo a preocupação com segurança. Entre os internautas que possuem computador em casa, a maioria afirma usar antivírus (72,7%), enquanto a minoria faz uso de firewall (14% dos entrevistados) e de programas anti-spyware (14%), utilizados para combater os softwares espiões que roubam dados.

Uma das estratégias utilizadas para o roubo de dados é conhecida como publishing scam na qual pessoas mal-intencionadas enviam e-mails que possibilitam a instalação de softwares espiões, para roubo de dados. Daí a importância do spam (mensagens não-solicitadas) entre os piratas: cerca de 47% dos brasileiros afirmam receber spams diariamente, 38% classificam essa freqüência como semanal e apenas 13% falam em mensal.

O estudo, realizado entre julho e agosto de 2006, investigou 10,5 mil domicílios da zona urbana em todo o território nacional e já teve sua primeira parte divulgada em novembro do ano passado. As informações divulgadas nesta terça-feira durante o Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública (Conip), realizado em São Paulo, fazem parte da segunda parte da pesquisa e estão ligadas à segurança, ao spam, ao comércio eletrônico, ao uso de e-mail e ao governo eletrônico.
 
Spam

Um grupo de grandes corporações do mundo da internet prometeu colocar em uso o mais rápido possível uma nova tecnologia contra o spam, os e-mails não solicitados que enchem caixas de entrada dos internautas.

A tecnologia de Correio Identificado por Chaves de Domínio - DomainKeys Identified Mail (DKIM), no original em inglês - estava sendo examinada pelo Força Tarefa de Engenharia de Internet (IETF, na sigla em inglês).

A nova tecnologia de DKIM consiste no uso de uma chave codificada dividida em duas partes. Uma delas é colocada pelo provedor de e-mail na mensagem que está sendo enviada. Esta chave é ligada a uma chave pública, instalada no sistema de distribuição de domínios (endereços) da internet, uma espécie de lista telefônica da internet.

Finalmente, o servidor que recebe o e-mail confere se as chaves privada e pública batem, o que provaria que a mensagem veio de um usuário de verdade. Mas para que a tecnologia funcione tanto remetente quanto destinatário precisam participar do serviço DKIM.
 

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Edição digital

 

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