De acordo com uma pesquisa realizada pela AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança, uma em cada seis crianças, com idade entre seis e nove anos, já enfrentou algum tipo de situação agressiva ou mal educada por meio da internet. Conhecido como cyberbullying, essas reações são definidas quando alguém utiliza a Internet com a intenção de ferir ou constranger outra pessoa. Desenvolvida na Alemanha, Canadá, França, Austrália, Espanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido, a pesquisa revelou que 47% das crianças entrevistadas têm uma vida "social" ativa na internet, e passam, em média, três horas e meia por semana conectadas. "Essa pesquisa foi muito interessante, afinal, as crianças estão crescendo em um universo online, o mesmo em que nós, adultos, estamos inseridos. Temos que conversar com nossos filhos. A segurança online é um assunto delicado e deve ser tratado antes mesmo de permitirmos que as crianças tenham acesso a qualquer dispositivo ligado à Internet", comentou JR Smith, CEO da AVG Technologies. O estudo mostrou que 35% das crianças entre seis e sete anos e 47% entre oito e nove anos conversam com seus amigos online. Na Itália, este número representa 48% e no Reino Unido 47%. Já 25% das crianças na Espanha, 20% no Reino Unido e 19% na Alemanha demonstraram comportamento desagradável nos encontros virtuais, enquanto 4% das crianças do Japão foram mais educadas. "Até por uma questão de segurança, queremos que nossos filhos tenham telefone celular, computador com acesso à Internet. Enfim, muitas vezes, somos nós os responsáveis e acabamos expondo as crianças. Por este motivo, é preciso incluir uma cultura de segurança e de conscientização. 51% das crianças, entre seis e nove anos, usam algum tipo de rede social, 22% e-mail e 13%, mesmo menores de idade, já tem perfil no Facebook. Nós não ensinamos as crianças que o cinto de segurança é necessário? Da mesma forma, precisamos de ferramentas adequadas para o ensino sobre os riscos na internet. É preciso estar atento", concluiu Smith. Os pais Em relação aos pais, apenas 56% estão cientes do que seus filhos fazem na internet e utilizam algum tipo de programa de segurança no computador, 33% admitiram não ter qualquer controle sobre o computador e 11% ficaram indecisos. "Este é outro dado importante que a pesquisa apontou e que devemos ficar atentos. Da mesma forma que precisamos fazer um trabalho de conscientização com as crianças, precisamos, também, ficar atentos aos pais. É muito importante que eles tenham conhecimento dos perigos que a Internet expõe aos filhos deles. É preciso sempre orientar e, principalmente, acompanhar os sites que as crianças acessam e com quem se relacionam, mesmo que virtualmente", alerta Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil.
Rio de Janeiro, Quarta, 17 de Abril de 2024
Pesquisa da AVG identifica que uma em cada seis crianças sofre bullying pela internet
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Publicado Domingo, 05 de Junho de 2011 às 19:26, por: CdB
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