Pequim isola hospital suspeito de ser foco da SARS

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Publicado Quinta, 24 de Abril de 2003 às 05:44, por: CdB

As autoridades sanitárias da China isolaram nesta quinta-feira um hospital de Pequim onde há suspeita da existência de um grande foco da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars). Policiais estão cercando o prédio e impedindo que pacientes e funcionários deixem o Hospital do Povo da Universidade de Pequim, que tem cerca de 1,2 mil camas. Visitantes e novos pacientes também não estão recebendo permissão para entrar. De acordo com a agência de notícias Reuters, o hospital não foi um dos escolhidos pelo governo para abrigar pacientes com a pneumonia atípica, mas pelo menos 60 funcionários, entre médicos e enfermeiras, estariam com suspeitas de infecção. O fechamento do hospital ocorreu logo depois que o governo municipal de Pequim determinou o isolamento de todas as áreas, pessoas e até animais suspeitos de estarem infectados com o vírus que causa a Sars. De acordo com a decisão do governo de Pequim, ele tem o direito de escolher qual lugar será isolado. Pequim também determinou na quarta-feira o fechamento de todas as suas escolas por duas semanas, deixando 1,7 milhão de crianças sem aulas. Autoridades chinesas começaram a tomar medidas drásticas para conter a pneumonia atípica em Pequim por causa de um grande pulo no número de casos da semana passada para esta: de poucas dezenas para mais de 700. Já morreram 35 pessoas infectadas na capital chinesa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou as pessoas na quarta-feira para que não viajem para Pequim. Foram incluídos no alerta também a Província chinesa de Shanxi e a cidade de Toronto, no Canadá. A OMS disse que o alerta contra qualquer viagem não essencial para essas três áreas deveria durar pelo menos três semanas - o dobro do período de incubação da doença. As autoridades de Toronto reagiram com indignação à advertência. O prefeito da cidade, Mel Lastman, desafiou a organização a visitar a cidade para ver os esforços que estão sendo feitos para conter a Sars. "Eu acho que a determinação da OMS é infeliz, porque a situação em Toronto não chega perto da encontrada na China", disse Sheela Basrur, secretária da Saúde da cidade. Foram registradas até agora na área de Toronto 16 mortes atribuídas à Sars.

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