Com o objetivo de absorver pesquisadores científicos para micro, pequenas e médias empresas, o governo federal repassará, já a partir desta segunda-feira, R$ 15 milhões para incentivar a contratação de profissionais para as empresas do setor científico. O convênio foi assinado entre o Ministério da Ciência e Tecnologia, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e algumas fundações.
Os repasses se concentrarão nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que receberão R$ 10 milhões.
– Nós reservamos uma parte do programa para ser aplicada apenas nessas regiões, para dar a elas uma vantagem competitiva em relação às outras regiões (Sudeste e Sul) – afirma o presidente do CNPq, Marco Antônio Zago.
De acordo com Zago, o programa cria mais oportunidades de trabalho para os cientistas.
– Temos um problema em relação aos países desenvolvidos porque a grande maioria dos nossos cientistas trabalha nas universidades. Isso é bom para as universidades, mas é ruim para o setor produtivo, porque ele precisa de cientistas para melhorar os seus produtos e ficar mais competitivo – explica.
Para Ivonice Campos, secretária Executiva do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), uma das instituições beneficiadas pelo convênio, o acordo firmado com o CNPq foi uma grande conquista para produção científica do país.
– O Brasil vai poder se destacar pela qualificação de seus produtos e serviços, não só no atendimento ao mercado interno, mas também na exportação de tecnologia – avalia.
Segundo Zago, a rejeição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Senado não influenciará os recursos já destinados ao setor.
– O governo certamente vai ter de repensar todo o seu orçamento para o próximo ano, mas, é claro, todos esperam que sua parcela não seja afetada – concluiu.