O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) disse que a presidente Dilma Rousseff deve continuar com a chamada faxina na administração, incluindo a demissão de pessoas envolvidas com corrupção. Para ele, a presidente precisa eliminar a “herança maldita” que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O senador defendeu um trabalho meticuloso para acabar com “o conluio que tem expropriado recursos públicos” e não apenas a troca de ministros e dirigentes de órgãos públicos.
– Se não for feita uma faxina para valer, de cima a baixo, a crise institucional será inevitável, resultante da sucessão de escândalos que provavelmente continuarão a pipocar na mídia um dia após o outro – disse.
O parlamentar mencionou mais um caso envolvendo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), cuja cúpula demitida estaria fazendo valer decisões tomadas antes da exoneração, ocorrida há várias semanas. A diretoria provisória do órgão validou 10 termos aditivos em contratos com empreiteiras, seis deles suspeitos de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Os aditivos não trazem a assinatura de nenhum gestor do Dnit, mas o órgão confirma que as decisões de fazer os aditivos dos contratos são da diretoria anterior.
– Assim, não dá para oferecer apoio incondicional à presidente Dilma, porque, na prática, está aí: a farra continua! – afirmou.
Ele também afirmou ser necessário investigar a origem do patrimônio do ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot ou o porquê de a sede da Petrobras em Vitória (ES), orçada inicialmente em R$ 90 milhões, ter custado R$ 580 milhões.
– Não é hora de parar com a faxina, como deseja a Presidente, porque, ao que tudo indica, ela nem chegou perto do grosso da sujeira – avaliou.
Da Redação / Agência Senado