Panis encerra carreira de piloto no GP do Japão

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Publicado Quarta, 06 de Outubro de 2004 às 08:35, por: CdB

Olivier Panis, o mais velho piloto e o único francês no grid de largada da Fórmula 1, vai dizer adeus às corridas no Japão, no próximo fim de semana. Aos 38 anos de idade, Panis completará em Suzuka 158 corridas e trocará a Toyota por uma nova carreira como piloto de testes da equipe japonesa.

A decisão de Panis de deixar a categoria antes do final do campeonato, no GP do Brasil, foi tomada quando o italiano Jarno Trulli, que já assinou para a próxima temporada, ficou disponível depois de deixar a Renault, no mês passado. Trulli correrá no Japão no lugar do brasileiro Ricardo Zonta, que voltará no lugar de Panis para a corrida em casa. Se o francês ficou decepcionado com a decisão, não está demonstrando.

Leal à equipe e sempre educado e positivo, pelo menos em público, o francês de Grenoble disse que está ansioso pela última corrida em um de seus circuitos favoritos, onde ficou em quarto no ano passado.

-Vou sentir falta da energia das corridas, mas terei a chance de colaborar no futuro (da Toyota) em meu novo papel como terceiro piloto - disse - Tudo o que espero para este fim de semana é encerrar minha carreira com alguns pontos.

Somente três pilotos da atualidade - a dupla da Ferrari Michael Schumacher e Rubens Barrichello, e David Coulthard, da McLaren - largaram em mais provas do que o francês, que fez sua estréia em 1994, antes de Coulthard. Como eles, Panis é membro do clube dos vencedores, mesmo com apenas uma vitória em uma década de competições.

MÔNACO

Dois incidentes marcaram a carreira de um homem que evitou o mundo do luxo adotado por outros pilotos. O primeiro foi sua vitória no GP de Mônaco sob chuva com um Ligier em 1996, quando a corrida foi suspensa antes do final e somente três carros estavam na pista.

Panis largou em 14o. evitou os acidentes que tiraram quase todos da pista e tornou-se o primeiro francês a ganhar com um carro também francês no principado desde 1930. A vitória continua sendo a última de um francês e a corrida estabeleceu o recorde de menor número de carros no final de uma prova em toda a história da Fórmula 1.

- Acho que nunca vou esquecer o som das sirenes dos iates no porto e dos fogos de artifício durante a volta da vitória - disse.

O resultado pode parecer maluco no papel, mas Panis, que não estava entre os favoritos e que corria por uma equipe secundária, mereceu ganhar a mais prestigiosa das corridas. Panis fora o mais rápido do treino de aquecimento da manhã e correu como nunca.

A manchete do jornal esportivo francês L'Equipe no dia seguinte foi : "Panis? Incrível!". Antes daquela vitória, os dois melhores resultados do francês haviam sido, também com a Ligier, os segundos lugares na Alemanha (1994) e na Austrália (1995). Em ambos os casos, quase todos os favoritos estavam foram.

Ele também se destacou na temporada de estréia, ao terminar 15 das 16 provas, mais do que qualquer outro piloto e algo impressionante para um estreante propenso a cometer erros.

ACIDENTE NO CANADÁ

O ponto baixo da carreira do piloto aconteceu no Canadá, em 1997, quando bateu em uma barreira de pneus e quebrou as duas pernas, um acidente que poderia ter encerrado sua carreira.
Ele estava bem naquele ponto, em terceiro lugar na classificação depois que o compatriota e ex-campeão Alain Prost comprou a Ligier e batizou a equipe com o próprio nome.

Panis ficou três meses afastado, substituído por Trulli em sete corridas. Quando voltou às pistas, era sabido que outro acidente seria o fim. Panis, que começou na Fórmula 1 após vencer Coulthard e conquistar o título da Fórmula 3000 em 1993, não marcou pontos com a Prost em 1998 e já não se entendia com o chefe em meados do ano seguinte.

Ele foi para a McLaren em 2000 como piloto de testes, em decisão que reativou uma carreira que parecia estar terminando. Elogiado pelo histórico e claramente rápido, o francês foi contratado pela BAR para

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