O chanceler da Alemanha, Gerhard Schroeder, recebeu nesta quinta-feira vários convites de locais alternativos para passar as férias depois de sua viagem para a Itália ter sido cancelada porque um membro do gabinete italiano insultou os turistas alemães.
Pawel Lewandowski, chefe do setor de turismo da Polônia, convidou Schroeder e a família dele para visitar a "Toscana" polonesa.
- Milhões de alemães visitaram a Polônia nos últimos anos e podemos apenas garantir que eles sempre foram bem recebidos e tratados como vizinhos amigáveis, agradáveis e abertos - disse Lewandowski em uma carta enviada para o chanceler.
Schroeder decidiu na quarta-feira cancelar sua viagem para a Itália e permanecer em casa, em Hanover, depois de Stefano Stefani, um vice-ministro italiano, ter se recusado a pedir desculpas após haver dito que as alemãs eram "loiras supernacionalistas" que invadiam as praias italianas.
O ministro da Economia da Áustria, Martin Bartenstein, pediu que o chanceler alemão pensasse na hipótese de passar as férias em seu país, onde o antecessor do atual chanceler alemão, Helmut Kohl, costumava descansar.
- Na Áustria, não há motivos para se temer uma orgia de insultos - afirmou Bartenstein ao jornal Krone Zeitung, de Viena (capital austríaca).
A agência de notícias dinamarquesa Ritzau disse que o proprietário de um hotel do país havia convidado Schroeder e a família dele para passar um tempo na costa oeste da Dinamarca, local bastante procurado pelos turistas alemães.
Apesar de o chanceler ter dito que ficaria em Hanover durante o verão europeu, outras cidades do país também passaram a disputar a atenção do dirigente.
Kurt Beck, premiê do Estado de Renânia-Palatinado, convidou o chanceler para visitar Rom, Alemanha, ao invés de Roma, Itália.
- Ouvi dizer que Rom, na Renânia-Palatinado, é um lugar idílico, tranquilo e pequeno, no qual os forasteiros são sempre bem recebidos e podem relaxar - disse Beck.