Otan seguirá com bombardeios à Líbia até setembro

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Publicado Quarta, 01 de Junho de 2011 às 05:10, por: CdB
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A Otan anunciou nesta quarta-feira que ampliou a missão na Líbia por mais 90 dias depois que Muammar Gaddafi deixou claro que não renunciará, o que encerrou as esperanças de uma solução negociada ao levante contra seu governo de 41 anos. A aliança militar de 28 nações assumiu, no fim de março, uma campanha de ataques aéreos com 90 dias de duração para impor uma zona de exclusão aérea e um embargo de armas à Líbia, com o objetivo de proteger os rebeldes civis dos ataques das forças de Gaddafi. "A Otan e seus parceiro acabam de decidir ampliar nossa missão na Líbia por mais 90 dias", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em comunicado. "Esta decisão envia uma mensagem clara ao regime de Gaddafi: estamos determinados a continuar nossa operação para proteger o povo da Líbia". O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, declarou na véspera, após conversas com o líder líbio, que Gaddafi afirmou enfaticamente que não deixará a Líbia – tornando impossível um fim negociado para o conflito, diante da exigência dos rebeldes pela saída dele. Zuma esteve em Trípoli na segunda-feira tentando ressuscitar um "mapa do caminho" africano para encerrar o conflito, que teve início em fevereiro com um levante contra Gaddafi e desde então se tornou uma guerra na qual milhares já foram mortos. Os rebeldes líbios e a Otan colocaram a saída de Gaddafi como principal condição para qualquer cessar-fogo. Surgiram novas dúvidas sobre quanto tempo Gaddafi pode se manter no poder depois que um alto funcionário da Organização das Nações Unidas disse que a carência de alimentos e remédios em áreas controladas por Gaddafi equivale a uma "bomba-relógio". Panos Moumtzis, coordenador humanitário da ONU para a Líbia, disse à agência inglesa de notícias Reuters, em Trípoli, na terça-feira, que alguns estoques de comida em áreas sob domínio de Gaddafi devem durar somente semanas. – Não creio que haja fome, desnutrição. Mas quanto mais o conflito dura, mais os estoques de comida se reduzem, e é uma questão de semanas até o país chegar a uma situação crítica. Os suprimentos de alimentos e remédios são um pouco como uma bomba-relógio. No momento estão sob controle, mas se isso ainda durar um bom tempo, vai se tornar um assunto sério – declarou Moumtzis em uma entrevista.
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