Por Redação, com Reuters – de Nações Unidas/Jerusalém:
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deve realizar uma sessão especial nesta sexta-feira para discutir a recente onda de violência entre israelenses e palestinos, que deixou 39 mortos ao longo das últimas duas semanas.
O encontro, que diplomatas disseram ter sido convocado a pedido da Jordânia, que é membro do conselho, incluirá um balanço do secretariado da ONU sobre a situação na região, informou a ONU.

Os diplomatas, falando sob condição de anonimato, disseram não haver planos de aprovação de nenhuma resolução no momento, mas pode haver uma tentativa de reunir o conselho para emitir uma declaração que busque exortar os dois lados a conter a violência.
– Todas as opções estão sobre a mesa – disse um diplomata à agência inglesa de notícias Reuters.
Trinta e dois palestinos e sete israelenses foram mortos durante duas semanas de derramamento de sangue. Os mortos do lado palestino incluem dez pessoas que realizaram ataques com facas, segundo a polícia de Israel, bem como crianças e manifestantes que levaram tiros dos israelenses durante protestos violentos.
A agitação, a mais grave em anos, foi desencadeada em parte pela ira dos palestinos sobre o que consideram como um aumento da usurpação dos judeus da área da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, uma área que é reverenciada pelo judaísmo como localização de dois templos bíblicos destruídos.
Os Estados Unidos, aliados de longa data de Israel e seus protetores no Conselho de Segurança, formado por 15 nações, tradicionalmente têm se recusado a aprovar no Conselho a condenação de ações israelenses contra os palestinos, mesmo que critiquem ambos os lados.
No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, disse esta semana que embora Israel tenha o direito de se proteger, “temos certamente visto alguns relatos do que muitos considerariam ser um uso excessivo da força”.
Templo judaico
Palestinos incendiaram um templo judaico na Cisjordânia nesta sexta-feira, à medida que o grupo militante islâmico Hamas pediu por um dia de fúria contra Israel e as duas semanas de violência na região mostraram poucos sinais de arrefecimento.
O Exército de Israel informou que cerca de 100 pessoas correram para o túmulo do patriarca bíblico José, localizado na cidade palestina de Nablus. Elas foram retiradas por forças de segurança palestinas, mas não antes de incendiarem algumas partes do templo.
– Vemos este incidente com gravidade e condenamos fortemente qualquer ataque a locais sagrados. Vamos encontrar e prender os responsáveis pelo incêndio – informou o Exército em comunicado.
A agitação que tomou Jerusalém e a Cisjordânia, a mais grave em anos, já causou a morte de 32 palestinos e sete israelenses.