Mais de 110 países assinaram o Acordo de Copenhague para o combate do aquecimento global, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmaram nesta quarta-feira que as promessas para cortar a emissão de gases do efeito estufa não foram suficientes.
A primeira lista formal da ONU com os que defendem o acordo, desde que o texto foi acordado numa reunião de cúpula em dezembro, mostra o apoio dos principais emissores, China, EUA, União Européia, Rússia, Índia e Japão. Inclui também emissores menores, como Albânia e Zâmbia.
O acordo, que não atingiu o status de tratado como vários países queriam, estabelece uma meta para limitar o aquecimento global em menos de dois graus Celsius. No entanto, ele permite que cada país decida sobre as suas metas específicas.
– Está claro que enquanto as promessas na mesa foram um importante passo para limitar o crescimento das emissões, elas não vão por si só ser suficientes para limitar o aquecimento a menos que dois graus Celsius –, disse em comunicado Yvo de Boer, atual chefe do Secretariado das Nações Unidas para Mudança Climática.
De Boer declarou que o acordo pode ser usado para ajudar no avanço das negociações para o encontro no México sobre mudança climática, no fim de 2010.
Muitos especialistas, inclusive De Boer, já expressaram dúvidas de que a conferência no México conseguirá o que Copenhague não conseguiu, um novo protocolo para o tema. Uma das razões é que a legislação norte-americana está parada.