Um enviado especial da ONU ao Oriente Médio, Terje Roed-Larsen, disse que as operação de ajuda da organização na Faixa de Gaza poderão ser interrompidas se o cerco de Israel à região continuar.
Segundo Roed-Larsen, as “drásticas” restrições no posto de fronteira de Erez têm deixado os funcionários da ONU presos de um lado ou do outro da divisa.
– Na atual situação, ficou impossível realizar muitas operações humanitárias – disse Roed-Larsen.
Ele diz que os refugiados representam dois terços da população da Faixa de Gaza e dependem da ONU para assistência médica e educação.
Reunião
O vice-embaixador de Israel na ONU, Arye Mekel, disse que a situação em Gaza é um “produto direto dos ataques terroristas e de todas as medidas de segurança que Israel tem de tomar”.
Mekel acrescentou, porém, que até quarta-feira deve haver uma reunião com funcionários da ONU para discutir o problema.
Nesta terça-feira, forças israelenses deixaram a cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, depois de cinco dias.
A cidade havia sido tomada, segundo o Exército, para evitar que militantes palestinos lançassem bombas sobre cidades em Israel.
Ataques
Residentes de Beit Hanoun dizem que as tropas deixaram uma trilha de destruição: ruas esburacadas, muros demolidos e os sistemas de água e esgoto danificado.
Na segunda-feira, uma mulher-bomba morreu e deixou três pessoas mortas em um ataque em um shopping center na cidade de Afula, ao norte da Cisjordânia.
O ataque foi o segundo na segunda-feira e o quinto em três dias.
Dois grupos palestinos – a Jihad Islâmica e a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa – disseram estar por trás dos ataques, que foram condenados publicamente pelo primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas.