No movimento paredista desencadeado hoje em todo o país por médicos de convênios, um dos pontos que mais saltam à vista é a completa ausência de ação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Fiscalização, decididamente é coisa que ela não faz sobre esses planos de saúde.
Eles fazem o que querem é a ANS aparece uma vez por ano para autorizá-los a reajustar as mensalidades. Ou, como fez este ano, para obrigá-los a reduzir a demora na marcação de consultas, recomendação, aliás, que baixa mas dá aos planos uma carência de meses para que comecem a cumprí-la.
Não adianta, nem passa em brancas nuvens essa omissão da ANS - seu papel é fiscalizar e ela deveria cumprí-lo com rigor. Ela é que deveria corrigir as anomalias e/ou malfeitos - como diria a nossa presidenta - que agora os médicos denunciam e com seu movimento exigem mudanças imediatas nessa relação dos planos com os profissionais da categoria.
A questão se torna mais grave, ainda, pela falta de recursos públicos para a saúde e pela ação demagógica da oposição que pretende, em plena crise mundial, e como fez irresponsavelmente extinguindo a CPMF, aumentar os gastos de saúde sem destinar recursos específicos para tal finalidade.
Se obtiver sucesso nesse intento ela levará o governo a um impasse já que estamos sustentando um superávit de 3,3% (inclusive para reduzir os juros). Francamente, não dá mais para o país assistir impassível ao uso cada vez maior do SUS por associados de planos de saúde, inclusive e principalmente em procedimentos de alta complexidade e custo, como denunciam os próprios médicos e suas entidades representativas.
Vejam, também, a nota abaixo Médicos paralisam atendimento a convênios .
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Onde está a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar?
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Publicado Quarta, 21 de Setembro de 2011 às 08:10, por: CdB
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