O presidente da Ordem dos Advogados (OAB), Rubens Aprobatto, que se encontra em Vitória para a reunião mensal dos conselheiros da OAB disse que não tem dúvidas sobre o fato de a morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho ter sido encomendada.
– Vamos pedir à Polícia Federal para entrar e investigar o caso pois ninguém acredita que foi morte ocasional e não tenho dúvidas que foi crime de mando.
Na entrevista concedida a uma emissora de TV local, o presidente nacional da OAB se disse preocupado.
– Estão tentado tirar isso da nossa cabeça, mas existem influências exógenas no caso. Estamos atentos e acompanhando -, disse Aprobatto.
Perguntado se a declaração – influências exógenas – envolvia o coronel-PM Walter Gomes Ferreira – braço-armado do crime organizado, que está preso no Acre, e suspeito de intermediar o assassinato do juiz – Aprobatto destacou que “não está acusando quem quer que seja mas sim o crime organizado”. “Confio no atual governo estadual e no trabalho da polícia local”, acrescentou.
O presidente da OAB chegou ao Espírito Santo na noite do último domingo (18) para abrir a reunião mensal nacional do Conselho Federal da OAB, nesta segunda-feira, às 9h. Normalmente a reunião acontece em Brasília, mas foi transferida para o Espírito Santo em solidariedade ao presidente regional Agesandro Costa Pereira.
– A OAB, em seu todo, está solidária à luta e à ação do presidente da seccional, Alexandro da Costa Pereira. Estamos todos irmanados contra o crime organizado, contra a corrupção e contra a metástase que esses dois males criam ao se infiltrarem nos poderes oficiais -, concluiu Aprobatto.