Novato, Sandro Gomes quer conquistar títulos na nova função

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Publicado Sexta, 26 de Agosto de 2011 às 14:21, por: CdB

Leonardo Carvalho,
Especial para o site da FPF

Uma carreira curta como jogador e agora como treinador. Esse é Sandro Gomes Miranda, ou como é conhecido Sandro Gomes. Ele tem 41 anos, atualmente vem treinando o bom time do Sumaré, que disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Seu primeiro time a dirigir foi o Taboão da Serra em 2010, após a saída do amigo Índio do comando da equipe. Apesar de pouco tempo na função, o treinador tem planos ambiciosos para sua carreira.

Sandro Gomes começou nas categorias de base da Portuguesa entre os anos de 1987 e 1988. Na época, o jogador havia recebido uma chance nos testes do time lusitano e acabou passando. Após destacar-se nas categorias de base, transferiu-se para o Nacional, clube conhecido por revelar muitos jogadores. Ainda nas divisões de base, sofreu uma grave lesão em 1988, o que acabou encerrando, prematuramente, sua carreira como jogador. Gomes não conseguiu jogar profissionalmente.

Após isso, começou a disputar campeonatos amadores até 1993 quando decidiu dar fim à carreira como atleta. Com as amizades formadas dos tempos de jogador, principalmente com a direção do Nacional, foi aprendendo um pouco mais de outras funções no esporte, além da função de treinador. Em 1997, recebeu seu primeiro convite para trabalhar como dirigente em um clube do Paraná, o Formosa Atlético Clube. Lá, conseguiu montar um time interessante que subiu da terceira para a segunda divisão do campeonato estadual.

Depois desse projeto, Gomes trabalhou com as categorias de base de alguns times, até receber o convite para trabalhar no Taboão da Serra, junto com o amigo Índio. Conseguiram montar um bom time que subiu do Campeonato Paulista da Segunda Divisão para a Série A3 em 2010, como campeão do torneio.

Na série A3 de 2011, após a demissão de Índio no Taboão da Serra por conta de uma fraca campanha e a última posição, Sandro Gomes recebeu o convite para treinar o clube, pois havia ajudado a montar aquele time e os jogadores confiavam em seu trabalho. Conseguiu uma arrancada extraordinária emplacando quatro vitórias nos últimos jogos, o que acabou salvando a agremiação do rebaixamento.

Após essa passagem, foi para o Sumaré, clube onde permanece até o momento disputando o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Seu objetivo é levar o mais longe possível o time de Sumaré no campeonato e quem sabe, sagrar-se campeão.

FPF: Como foi sua primeira experiência como treinador?
Gomes: Foi muito boa. Na realidade foi até mais fácil por conhecer os jogadores. O time do Taboão da Serra era a base da equipe que venceu a Segunda Divisão e por isso foi uma pouco mais tranquilo. Em relação ao campeonato, foi uma experiência difícil por precisar de vitórias seguidas para não acabar caindo de divisão. Graças a Deus deu tudo certo e conseguimos manter o Taboão na A3.

FPF: O que é mais difícil em ser treinador no interior paulista?
Gomes: A maior dificuldade é a estrutura. As estruturas que os clubes nos dão para trabalhar são, muitas vezes, precárias. Costumo dizer que se o treinador consegue destacar-se na segunda divisão, ele conseguirá disputar qualquer outra divisão. É um campeonato muito difícil. Outra grande dificuldade que temos no interior é a parte financeira. Os atletas passam por muitas dificuldades e tem que ter muito empenho e perseverança para jogar no interior.

FPF: Tem algum sonho na carreira de jogador ou treinador que gostaria de ter realizado, mas não conseguiu?
Gomes: Na realidade, a conquista da Segunda Divisão o ano passado foi uma experiência muito gratificante. Claro que sonho com uma equipe maior, com melhores estruturas e maiores investimentos. Chegar a um grande time de São Paulo ou do Brasil é algo que gostaria muito de conquistar na minha carreira.

FPF: Como é seu relacionamento com os jogadores?
Gomes: Meu relacionamento com os jogadores é meio paizão. Trabalhar com os jogadores novos é muito bom, temos um bom relacionamento. Ajudamos bastante  com conselhos e apoio. Por conta das dificuldades e das condições para trabalho, tornamos um apoio para os jovens jogadores. Eu tenho um ótimo ambiente aqui no Sumaré e os atletas gostam muito de mim e do meu projeto.

FPF: Qual conselho você daria para quem quer iniciar nessa carreira de técnico?
Gomes: Tem que ter muita força de vontade, estar sempre acompanhando o cenário do futebol. Tem que procurar se adaptar às novidades do futebol, afinal é um processo contínuo de mudança. É necessário perseverança, nunca abaixar a cabeça e desistir do seu sonho de ser treinador. A carreira é difícil, mas é muito satisfatória quando conseguimos alcançar nossos objetivos.

FPF: Para você, qual a importância da família na vida de um treinador?
Gomes: A família é muito importante. Gosto de citar o exemplo do Muricy, que sempre exalta a importância e o suporte que a família dá para o trabalho dele. Na realidade, o futebol às vezes é muito ingrato, pois quando o time perde só o treinador é culpado e quando ganha, todos ganham. É algo complicado, mas o apoio da família nesses momentos é muito importante.

FPF: Poderia citar amigos que você fez nesse tempo que trabalha com o futebol?
Gomes: Tenho três amigos que destacaria. O Ricardinho (meia) que jogou no Internacional e no Palmeiras foi um grande amigo que criei. Outro que posso citar é o Terrão, que atualmente trabalha aqui comigo. Além de um excelente profissional, é um grande amigo que conquistei no meio do futebol. Um terceiro que lembro é o Índio. Temos uma amizade há mais de 25 anos. Fizemos uma parceira de sucesso nos tempos de Taboão da Serra.

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