No Japão, especialista diz que são necessários US$ 250 bilhões para recuperar Fukushima

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Publicado Terça, 31 de Maio de 2011 às 04:25, por: CdB

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os custos para a recuperação completa da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, devem chegar a US$ 250 bilhões, nos próximos dez anos. Os cálculos foram feitos pelo presidente do Centro de Pesquisas Econômicas do Japão, Kazumasa Iwata, a pedido da Comissão de Segurança Nuclear. A conclusão foi apresentada hoje (31).  

A Usina Nuclear de Fukushima Daiichi sofreu uma série de abalos, depois do terremoto seguido por tsunami, de 11 de março, gerando acidentes nucleares na região. Em decorrência dos riscos de contaminação por causa dos vazamentos e das explosões ocorridas na usina houve um esvaziamento de cidades inteiras ao redor da central. Muitas famílias ainda vivem em abrigos públicos.

Paralelamente, os acidentes em Fukushima estimularam a comunidade internacional a debater as políticas sobre energia nuclear promovendo discussões sobre a necessidade de adotar novas ações para evitar os riscos de contaminação radioativa.

Iwata disse hoje que o total dos custos inclui US$ 54 bilhões para a compra das terras, na área de 20 quilômetros que cerca a usina, mais US$ 8 bilhões para os pagamentos das indenizações, além dos gastos com a limpeza e reformulação dos sistemas de funcionamento da central. Para o especialista, o governo do Japão deve rever a política adotada sobre energia nuclear.

Uma das alternativas sugeridas por Iwata é usar US$ 71 bilhões de um fundo de recursos existente no país. Para ele, US$ 50 bilhões podem vir das reservas da empresa que gerencia a usina, a Tokyo Electric Power Company (Topco).

A Comissão de Segurança Nuclear informou que mais especialistas serão ouvidos ao longo dos próximos meses para analisar as sugestões e propostas. O objetivo é adotar algumas dessas ideias e estimular mudanças na política de energia nuclear no Japão. As informações são da rede pública de televisão do Japão, a NHK.

 

Edição: Lílian Beraldo

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