No Dia Mundial da Água, ANA pede mais investimentos no país

Arquivado em:
Publicado Terça, 22 de Março de 2011 às 09:37, por: CdB
diadaagua-300x252.jpg
Uma pesquisa feita pela Agência Nacional de Águas (ANA) revela que se não forem feitos os investimentos necessários (estimados em R$ 22,2 bilhões), o Brasil corre o risco de ter um colapso no abastecimento de água até 2025. Além disso, o levantamento aponta que pelo menos 55% dos municípios do país (mais da metade, portanto) pode ter problemas no fornecimento até 2015. A sondagem Atlas de Abastecimento Urbano de Água foi divulgada nesta terça-feira, Dia Mundial da Água. O documento indica que, atualmente, cerca de 16% das cidades brasileiras têm algum tipo de transtorno neste setor. Apesar do Brasil ser um dos países mais ricos do planeta em recursos hídricos, há problemas na sua distribuição, em especial nas regiões Sudeste e Nordeste. Procurada pela imprensa, a agência reguladora de águas informa que não há motivo para pânico, mas alerta para a probabilidade de algumas cidades do país passarem por interrupções passageiras e até racionamento nos processos de abastecimento. O tópico sobre o Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira, estava em segundo lugar nos assuntos mais comentados no microblog Twiiter. A maioria dos posts era sobre dicas de como economizar água no cotidiano. Alguns tuiteiros lembravam que o Brasil tem a maior bacia hidrográfica do mundo. Busca pela água O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo. Compiladas pela agência inglesa de notícias BBC para o Dia Mundial da Água, nesta terça-feira, imagens mostram as diferenças entre países em que água é um bem facilmente acessível e outros em que conseguir o recurso é uma tarefa arriscada e difícil. Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo - rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve - a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante. Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) identificou países em que a demanda por água excede a oferta natural do recurso. Segundo a organização, os países onde isso acontece fazem maior pressão sobre as fontes de água doce. No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região. Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora - por caminhões pipa ou aquedutos, ou através da dessalinização. Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos. De acordo com os dados da FAO, o norte da África é outra área sob pressão, em que a Líbia e o Egito particularmente são afetados. A região possui somente metade da água doce que os países consomem. Mas, a maior pressão sobre as fontes de água doce não está necessariamente nos lugares mais secos, mas nas regiões com o maior percentual da população global. O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial. Situação que alterem a distribuição de água nessa região - causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água, ameaçam a vida de bilhões. No leste da Ásia o consumo proporcional é menor - os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali. O Brasil consome apenas 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo