A Petrobras informou no final da noite desta terça-feira que não há previsão para encerrar as buscas aos quatro desaparecidos no acidente com o helicóptero da empresa de táxi aéreo BHS, modelo Super Puma, de prefixo PP-MUM, ocorrido por volta das 16h30 desta terça, na Bacia de Campos, a 109 km da costa, no litoral norte do Rio de Janeiro. Uma pessoa morreu e 15 foram regatadas com vida.
A empresa não informou o estado de saúde dos sobreviventes e nem o nome da pessoa que morreu. A aeronave, que decolou da P-18 com destino a Macaé, realizou um pouso forçado no mar, próximo à plataforma, nas proximidades da plataforma P-18, com 17 passageiros e três tripulantes.
Segundo a estatal, os trabalhos de resgate estão em andamento com 13 embarcações e três helicópteros de prontidão na área, sendo um aeromédico. O Corpo de Bombeiros de Macaé informou que chovia muito na região, o que dificultava às buscas por helicóptero. De acordo com funcionários do Hospital Municipal de Macaé, uma pessoa foi internada na unidade. No entanto, não informaram o estado de saúde do paciente.
Em nota, a Petrobras confirma que o acidente causou uma morte e deixou quatro desaparecidos.
– Até as 19h, 15 pessoas já haviam sido resgatadas com vida e um óbito constatado. Quatro pessoas ainda não haviam sido localizadas, segundo o comunicado da empresa.
O Comando do 1º Distrito Naval informou em nota que tomou conhecimento, por intermédio da Delegacia da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro em Macaé, da queda do helicóptero.
– As buscas no local estão sendo conduzidas por embarcações da Petrobras e a Marinha já deslocou um navio para o local do acidente. A aeronave decolou com dezessete passageiros e três tripulantes e, até o momento, foi confirmado o resgate de 16 pessoas, cujas identidades ainda não foram confirmadas, segundo a Marinha.
O helicópetro é usado para transporte de funcionários entre as plataformas, da costa para as plataformas e vice-versa. A assessoria da Petrobras informou que o acidente aconteceu com a aeronave indo da plataforma para Macaé. Os procedimentos de resgate tiveram início logo após a queda.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) diz em nota que o acidente aéreo ocorreu próximo a P-18, no campo de Marlim, na Bacia de Campos. De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, o helicóptero fazia o transbordo dos trabalhadores da P-18 para a P-19. A direção do sindicato está acompanhando o caso e cobra uma posição oficial da estatal: "O Sindipetro está aguardando a informação oficial da Petrobras. Lamentamos que até o momento não tenha saído uma informação oficial", diz a nota.
A assessoria de imprensa da BHS, que presta serviços para a Petrobras há 12 anos, informou que os helicópetros da empresa que prestam serviço para a Petrobras são vistoriados de 15 em 15 dias.
O engenheiro Luiz Felipe Muniz, que desembarcava de outra plataforma momentos depois, disse que avistou do helicóptero em que estava a outra aeronave caída em alto mar, já cercada por embarcações de resgate. Segundo ele, o tempo estava fechado no momento da manobra de emergência.
– O tempo estava ruim, meio nublado, mas tinha condição de vôo. Normalmente as aeronaves têm equipamento para essa falta de visibilidade –, confirmou.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Não há previsão para fim de buscas do helicóptero que caiu em Macaé
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Publicado Quarta, 27 de Fevereiro de 2008 às 06:33, por: CdB
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