Por: Attilio Faggi
Dados do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros mostram uma redução no número de óbitos de recém-nascidos (até 1 ano de idade) na maior cidade do Norte de Minas. A cidade apresentou em 2011 taxa de mortalidade infantil de 10,5 mortes para cada mil nascimentos, abaixo da média do estado de Minas Gerais, que é de 13,4 mortes, segundo dados da Superintendência Regional de Saúde.
De 5.572 nascimentos no ano passado, foram registradas 58 mortes, o que equivale a 1,05% de óbitos. Se comparado ao ano de 2009, percebe-se uma queda no número de mortes. Naquele ano, para o nascimento de 5.828 crianças houve óbito de 63 recém-nascidos, o que equivale a 1,09% do total de nascimentos ou 10,9 mortes para cada 1.000 nascidos vivos. Os dados estão próximos do indicado pela Organização Mundial de Saúde, agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), que considera como aceitável 10 mortes para cada mil nascimentos.
De acordo com o secretário adjunto de Saúde Alik Rodrigues, em Montes Claros é realizado um trabalho de acompanhamento laboratorial, ultrassonográfico, hospitalar e pós-parto das gestantes, através do atendimento em 70 unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF), nos 13 Centros de Saúde e no Centro de Saúde da Mulher, no caso de gestação de alto risco. “Também temos convênios com os Hospital Universitário, Aroldo Tourinho e Santa Casa para a realização de pré-natal”, explica o secretário adjunto.
Rodrigues entende que o número real da mortalidade infantil em Montes Claros é menor, já que uma quantidade considerável de gestantes provenientes de outros municípios do Norte de Minas vêm até Montes Claros para a ocasião do parto, mesmo sem ter feito um acompanhamento pré-natal adequado nos seus municípios de origem. “Precisamos de um envolvimento maior das gestantes para reduzir ainda mais esses números”, conclui incitando uma participação maior da comunidade.