Mobilização contra instalação de multinacional canadense ocorre amanhã em frente ao Ministério da Indústria

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Publicado Segunda, 22 de Outubro de 2012 às 14:13, por: CdB

O Paraguai segue enfrentando as consequências do Golpe de Estado que tirou do poder Fernando Lugo. Sem resposta do então governo golpista de Federico Franco, a população mais uma vez se manifesta amanhã (23). Dessa vez o motivo é a instalação da multinacional canadense Río Tinto Alcán que, segundo os movimentos organizados, pretende pagar um preço bem inferior ao que está estabelecido no mercado internacional pela energia produzida pelas usinas Itaipu e Yacyretá.

A manifestação em rechaço às negociações está prevista para às 10h em frente ao Ministério da Indústria e Comércio, em Assunção. Na ocasião, os/as paraguaios/as mostrarão que estão insatisfeitos com o processo de negociação, já que o governo não oferece nenhum tipo de informação sobre o assunto, mesmo este tendo repercussão em todo o país.

Há alguns meses, se lançou uma campanha para coletar 1.000 assinaturas contra a instalação da Rio Tinto Alcán. Em comunicado, se denunciava que as negociações e a intenção de abrir as portas para uma transnacional sem a devida consulta do povo feria a soberania do país, uma vez que se trata de recursos naturais, como a água e a energia elétrica.

"Desde o início da campanha ‘Não ao Golpe de Río Tinto Alcán’, denuncia a mencionada multinacional ligada à máfia local e ao narcotráfico com representação parlamentar, repudiando igualmente a quebra do processo democrático do país, sofrida no mês de junho”, afirmava o comunicado.

O trecho faz menção ao fato de o Canadá ter sido o terceiro país – depois do Vaticano e Alemanha – a reconhecer o governo ilegítimo, resultado do Golpe de Estado ocorrido em junho deste ano no país. Os movimentos apontam que a instalação da empresa hidrelétrica já seria de interesse do governo canadense.

De acordo com a Campanha, a Rio Tinto Alcán pretende pagar 38 dólares por megawatts da energia paraguaia, quando o custo real seria de 60 megawatts. A construção de duas turbinas – uma e Itaipú e outra em Yaciretá ficariam livres de impostos, os quais seriam pagos pelos cidadãos e cidadãs paraguaios/as.

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