O Exército da Venezuela negou nesta sexta-feira o pedido do ex-presidente Hugo Chávez para se exilar em Cuba. Segundo o general do Exército Roman Fuemayor, antes de deixar o país, Chávez precisa responder criminalmente pela morte de 11 pessoas que participavam de protestos contra ele nesta quinta-feira, um dia antes de sua renúncia. Chávez encontra-se detido na base militar de Tiuna na capital do país, Caracas. Maria Gabriela Chávez, filha do ex-presidente e sua ex-ministra da Educação, disse à agência France Presse que seu pai não assinou o ato de renúncia, como foi divulgado pelos militares. "Alguns militares simplesmente o levaram preso", disse Maria Gabriela à agência. Cuba Durante o governo de Chávez, a Venezuela se tornou o principal parceiro comercial de Cuba. O jornal Gramma, do Partido Comunista cubano, atribui a renúncia de Chávez a um golpe "contra-revolucionário" organizado pelas elites "subversivas do país". A publicação referia-se aos líderes empresariais que, junto com as centrais sindicais, convocaram a paralisação nacional e os protestos que acabaram precipitando a crise institucional no país. Já porta-vozes da Casa Branca declararam que o próprio Chávez foi responsável pelo processo que causou a sua queda. Ele próprio um militar, Chávez foi eleito em 1998, seis anos depois de ter liderado um golpe de Estado.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Militares proíbem Chávez de se exilar em Cuba
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Publicado Sexta, 12 de Abril de 2002 às 13:07, por: CdB
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