Milhares vão às ruas contra cortes sociais na Itália e Espanha

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Publicado Quinta, 01 de Novembro de 2012 às 20:04, por: CdB

Dezenas de milhares de pessoas marcharam no sábado (27), em cidades da Itália e da Espanha em protestos contra as medidas de austeridade que vem sendo adotadas por ambos os governos. Em Roma, as manifestações ganharam o nome de "Dia sem Monti", contra o primeiro-ministro Mario Monti.

Nomeado em novembro, quando a Itália viu-se arrastada à crise da dívida da zona do euro, Monti conseguiu a aprovação de severas medidas de austeridade a fim de reduzir a enorme dívida do país, incluindo o aumento de impostos, cortes de gastos e uma revisão das pensões.



"Nós estamos aqui contra as políticas dele, as mesmas políticas de toda a Europa, que levaram a Grécia a se ajoelhar e que está destruindo metade das escolas públicas e da assistência médica na Europa", disse Giorgio Cremaschi, um dos manifestantes.

Monti tem defendido as medidas de austeridade, dizendo que acredita que seu governo tecnocrata será lembrado por ter ajudado a Itália a se livrar de uma profunda crise econômica sem ter de recorrer à ajuda externa.

Já na Espanha, os protestos se espalharam pelas ruas de Madri e Barcelona e reuniram de aposentados a agentes da polícia. Nos últimos meses, o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy aumentou impostos, cortou gastos e realizou reformas trabalhistas em um movimento para tentar convencer investidores e autoridades internacionais de que é capaz de reequilibrar as finanças do país.

Gritaram-se palavras de ordem como “Não nos representam” e “Não devemos, não pagamos” e os manifestantes exigiram a demissão do governo. Um dos cartazes tinha inscrito “Abolição da dívida externa”, em referência ao Orçamento que pagará 38.590 milhões de euros de juros, mais 9.742 milhões que no ano anterior.

Antes, na mesma cidade, 3.000 agentes da Polícia Nacional manifestaram-se diante do Ministério do Interior, convocados pelos três sindicatos do setor, também para exigir o fim da austeridade.

Apesar do sacrifício do povo espanhol, as contas públicas da Espanha seguem se deteriorando após o resgate de alguns bancos e de governos regionais.

Fonte: Da redação, com agências

 

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