O cantor Michael Jackson e a rede de televisão americana CBS negaram que ele teria sido pago para dar uma entrevista depois de sua prisão.
Segundo o jornal The New York Times, Jackson teria recebido cerca de US$ 1 milhão (R$ 2,9 milhões) pela entrevista, mas o pagamento teria sido descrito como uma taxa extra pela licença para transmitir um especial musical sobre ele.
O jornal teria conseguido a informação de um antigo sócio de Jackson que não quis se identificar. Mas um porta-voz da CBS afirmou que a negociação não foi "um pacote". "A entrevista e o musical foram dois projetos paralelos, que foram desenvolvidos separadamente", disse.
O empresário do cantor, Charles Koppleman, afirmou que houve um intervalo de seis meses entre as duas negociações.
Musical
Mas o advogado de Jackson, Mark Geragos, disse ser "possível" que a decisão da CBS de transmitir o especial tenha influenciado o cantor em consentir com a entrevista.
O musical estava orginalmente programado para ser exibido em 26 de novembro, mas foi suspenso por causa da prisão de Jackson, acusado de ter molestado sexualmente um adolescente de 14 anos.
O especial deverá ir ao ar nos Estados Unidos nesta sexta-feira.
'Maus tratos'
Na entrevista ao programa "60 Minutes", da CBS, Jackson acusou a polícia de tê-lo maltratado quando foi preso, em novembro.
O cantor mostrou hematomas no braço que ele disse terem sido causados por policiais. "Meu ombro está deslocado, literalmente", afirmou Michael Jackson na entrevista. "Está doendo muito, o tempo todo."
O xerife Jim Anderson disse que pediu para a procuradoria-geral da Califórnia investigar as acusações.
O cantor pagou fiança de US$ 3 milhões e deve comparecer à corte em 16 de janeiro.