Mercado reduz projeção do PIB para 2012 e 2013, diz BC

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Publicado Segunda, 10 de Dezembro de 2012 às 07:51, por: CdB

O crescimento fraco da economia brasileira levou o mercado a reduzir com força as projeções sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tanto neste ano quanto no próximo, ao mesmo tempo aumentando a estimativa para a inflação em 2012.

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Previsão da expansão da atividade econômica ficou em 1,03% em 2012, ante 1,27% na semana anterior
A pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, mostrou que os analistas projetam agora expansão da atividade de 1,03% em 2012, ante 1,27% na semana anterior. Foi a quarta semana seguida de quedas nas estimativas. Para 2013 a expectativa foi reduzida a 3,50%, ante 3,70% anteriormente. A revisão ainda reflete a fraca performance da economia do país no terceiro trimestre deste ano, quando expandiu apenas 0,6% ante o período anterior, com a pior retração dos investimentos em mais de três anos. Inflação Por outro lado, os analistas consultados no Focus voltaram a elevar sua projeção para a inflação neste ano, depois de uma breve pausa na semana passada. Para 2012, a expectativa agora é de alta no IPCA de 5,58%, ante avanço de 5,43% na pesquisa anterior. A projeção para 2013 foi mantida em 5,40%. Em ambos os casos, as expectativas estão acima do centro da meta de inflação do governo, de 4,5% pelo IPCA. O movimento segue a avaliação do o Comitê de Política Monetária (Copom) na ata de sua última reunião, pela elevou suas projeções para a inflação neste ano, mantendo as estimativas para 2013. Na sexta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) surpreendeu ao subir 0,60% em novembro, acima do esperado e atingindo a maior variação em sete meses com aumentos de preços nos grupos não-alimentícios, fazendo com que alguns agentes já aumentassem suas contas para o indicador neste ano. A pesquisa Focus mostrou também que a perspectiva sobre a Selic estável em 7,25% ao longo de 2013 foi mantida pelo mercado, depois que o Copom reforçou a indicação de que os juros permanecerão estáveis por período prolongado. O presidente do BC, Alexandre Tombini, também reiterou na semana passada que a melhor estratégia é manter "as condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado" para fazer a inflação convergir para o centro da meta. A aceleração da inflação, juntamente com a declaração de Tombini sobre os juros, pode ter jogado água fria nas apostas de novos cortes da Selic no ano que vem que começaram a despontar no mercado devido à fraqueza do crescimento da economia. Entre outros, Santander e Itaú BBA passaram a prever que a taxa básica de juros cairá a 6,25% em 2013. A pesquisa Focus mostrou também que o mercado elevou pela segunda semana seguida a previsão para o dólar, com expectativa agora de que a moeda norte-americana encerrará este ano a R$ 2,08, antes R$ 2,07 na semana anterior. Para 2013, a projeção foi elevada a R$ 2,08, ante R$ 2,06.

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