Mercadante concorda que o câmbio deve ser regulado pelo mercado

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Publicado Sábado, 26 de Abril de 2003 às 07:42, por: CdB

O líder do governo no Senado, Aloísio Mercadante (PT/SP), afirmou concordar plenamente com a posição do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, de que o câmbio deve ser regulado pelo mercado. - Meu apoio à política econômica e aos resultados que estão aí é profundo. Meu apoio ao ministro Antonio Palocci é total. Minha única diferença com o ministro é caso ele continue a insistir na carreira futebolística -, disse Mercadante brincando com o pé quebrado por Palocci, na semana passada, num jogo de futebol no Palácio da Alvorada. Mercadante salientou que o Banco Central dispõe de instrumentos para monitorar o câmbio possibilitando uma queda sustentada da inflação. - A taxa de câmbio tem que combinar estabilidade com competitividade das exportações -, ressaltou o líder do governo. Aloísio Mercadante disse, ainda, que os instrumentos disponíveis pelo BC permitem o monitoramento da flutuação cambial. Em nenhum momento, ressaltou, isso significa intervenção no mercado. Lembrou que, no ano passado, quando a cotação do dólar cresceu de forma acelerada frente ao real, o Banco Central adotou medidas como o aumento do compulsório dos bancos, a elevação da taxa de juros e o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que deram ao Brasil "um colchão de proteção". Nos últimos meses, o Brasil tem melhorado substancialmente os principais indicadores macroeconômicos que, segundo o senador, permitirão a queda "sustentável, responsável e progressiva da taxa de juros". A consolidação deste processo, no entender de Mercadante, se dará com a aprovação, pelo Congresso, das reformas da tributária e da previdência social. O líder do governo lembrou que o superávit primário gerado pelo Brasil, o maior de todos os tempos, ocorre por conta do crescimento das exportações. Acrescentou, também, que a política cambial adotada pelo governo trouxe uma série de outros benefícios à economia: o déficit público, por exemplo, caiu de 63% para 54% nos últimos cinco meses. Todos esses indicativos abrem caminho para uma futura queda na taxa de juros que já está com viés de baixa por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

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