Doze milhões de estudantes franceses voltaram às aulas nesta quinta-feira, com poucas meninas muçulmanas usando o tradicional véu cobrindo a cabeça que foi proibido pelo país em escolas públicas.
O sequestro de dois repórteres franceses no Iraque por militantes islâmicos que exigem a revogação da lei marcou o início do ano escolar. Georges Malbrunot e Christian Chesnot foram capturados em 20 de agosto, quando iam de Bagdá a Najaf.
A França se recusa a aceitar a condição para libertar os dois, e grupos muçulmanos que condenaram a proibição no país não tentaram retomar a campanha contra a medida.
- Estamos orientando as meninas a não desafiarem o Estado", disse Fouad Alaoui, secretário-geral da União de Organizações Islâmicas Francesas (UOIF). Elas devem fazer do estudo a prioridade -
A organização incentivava antes o desafio à proibição. Jornalistas franceses e estrangeiros que foram às portas das escolas em bairros com grande concentração de população norte-africana disseram que viram alunas sem o véu.
A Escola Jacques Brel, em La Courneuve, subúrbio pobre no norte de Paris, tinha no ano passado 52 garotas com véu, mas nenhuma foi vista usando-o nesta quinta-feira. Pais disseram que não gostam da proibição, mas que não querem correr o risco de expulsão das filhas.
A proibição também envolve solidéus judaicos e crucifixos grandes.