Menem, certo da vitória, anuncia medidas contra a corrupção

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Publicado Quinta, 24 de Abril de 2003 às 15:04, por: CdB

O ex-presidente da Argentina Carlos Menem (1989-1999), que está "absolutamente convencido" de que ganhará no primeiro turno as eleições presidenciais do próximo domingo, prometeu nesta quinta-feira, colocar um freio na corrupção. Menem se comprometeu a colocar nas mãos de "organismos internacionais" o controle da corrupção no país e a restabelecer o equilíbrio financeiro e monetário argentino. - A sensação que tenho percebido na minha volta pela Argentina é que o povo me dará a vitória no primeira turno, apesar do que dizem as pesquisas -, declarou o candidato em uma entrevista a agências nacionais de notícias. As últimas sondagens indicam um resultado muito apertado entre Carlos Menem, o candidato governista, Néstor Kirchner, ambos do governante Partido Justicialista (peronista), e López Murphy, do conservador Movimento Federal Recriar. Nenhum candidato tem mais de 25% das intenções de voto e, para ser eleito em primeiro turno, um deles precisaria receber 45% dos votos ou o apoio de 40% dos eleitores, tendo ainda, nesse caso, que garantir uma vantagem superior a 10 pontos sobre o segundo colocado no pleito. No entanto, Carlos Menem frisou nesta quinta-feira que ganhará as eleições "com 41% ou 42% dos votos" e com a vantagem exigida pela Constituição nacional para que não haja um segundo turno. O ex-presidente acusou o governo de Eduardo Duhalde de "inflar" a figura do candidato conservador López Muprhy em vista da queda do apoio popular à candidatura de Kirchner. "Duhalde sente um ódio de mim, não sei por quê. O que lhe fiz para que me odeie tanto?", se perguntou Menem, depois de destacar que o atual chefe do Estado "fez todo o possível" para que ele não ganhe. Quanto aos seus planos econômicos, Carlos Menem disse que seus colaboradores "já estão conversando" com os credores para refinanciar a milionária dívida pública argentina, cujos pagamentos estão suspensos desde o final de 2001. O candidato pernonista ressaltou que sua proposta aos credores prevê a ampliação do prazo de pagamento, associada a uma redução substancial dos juros. Neste sentido, Menem disse que espera reduzir os juros "a 2,5% ou 3% ao ano, contra os 9% que está em vigor atualmente". O candidatou também destacou que devolverá ao Banco Central "sua plena autonomia" e que adotará uma política cambial de "livre flutuação" do dólar. Carlos Menem, que encerrará nesta quinta-feira sua campanha eleitoral com um ato no estádio de futebol do River Plate, em Buenos Aires, reiterou que o governo de Duhalde recorre a qualquer recurso para evitar sua vitória nas eleições do próximo domingo.

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