Com a pirotecnia de sempre, em que a retórica as vezes se torna muito mais palpável de que a obra ou o projeto em si – quando e se iniciados – o governo tucano de Geraldo Alckmin está anunciando a criação entre o Rio e São Paulo da 10ª maior região metropolitana do país. Terá como centro econômico São José dos Campos (SP), no Vale do Paraiba.
Com 2,2 milhões de pessoas e 39 municípios, a nova região metropolitana englobará o Vale do Paraíba, o litoral Norte de São Paulo e a parte paulista da serra da Mantiqueira. Entre alterações na vida da população local estarão o fim da tarifa DDD nas ligações telefônicas entre as cidades e um novo sistema de transporte intermunicipal – este, a ver, já que o governo Alckmin é useiro e vezeiro em anunciar melhorias nos transportes e nada acontece na área.
Agora, por exemplo, na TV, o governador paulista é a estrela de uma propaganda no horário destinado a seu partido em que anuncia que o governo do PSDB (o seu) vai construir mais 25 estações do metrô da Capital e mais 32 km de linha. O problema dos governos tucanos é a longa distância entre o que anunciam e o que fazem.
Pelos anúncios do PSDB São Paulo teria o maior metrô do mundo
A considerar os anúncios relativos a obras e expansão do metrô em governos tucanos, inclusive nos três de Geraldo Alckmin – ele é governador do Estado pela 3ª vez – o metrô de São Paulo seria o maior do mundo em termos de extensão e de número de estações. E nada saiu, além da retórica.
Na semana que vem, segundo a promessa, Alckmin (PSDB) encaminha à Assembléia Legislativa o projeto que cria a nova região metropolitana. Atualmente o Estado já tem três outros conglomerados dessa natureza legalmente instituídos – os que compõem as regiões metropolitanas da Capital (criada nos anos 70), Baixada Santista e Campinas.
Mas, nenhuma política específica, que delineie e estabeleça o roteiro de trabalho do governo estadual nessas áreas. A pergunta que fica então é: de que adianta criar essas regiões e depois não ter politicas metropolitanas!!!
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