Médios plantadores de cana terão mais dinheiro para ampliar a produção

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Publicado Terça, 31 de Maio de 2011 às 09:20, por: CdB

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, e o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, detalharam hoje (31) as principais novidades do plano safra 2011/2012, que começa em 1º de julho. O plano vai priorizar, nesta edição, o setor sucroalcooleiro, a citricultura e a pecuária.

Tentando diminuir o problema da escassez de etanol, o governo vai incentivar o plantio, a ampliação e a renovação das lavouras de cana-de-açúcar. Para esse fim, o novo Plano Agrícola e Pecuário vai ampliar de R$ 200 mil para R$ 1 milhão o limite de crédito aos agricultores. Bittencourt explicou que os recursos para a renovação da lavoura serão limitados a 20% da área em produção. Como a linha de financiamento terá validade para as próximas quatro safras, o produtor poderá renovar até 80% do canavial nesse período, com taxa de juros de 6,75% ao ano e cinco anos para pagar, incluindo 18 meses de carência.

Bittencourt disse que a linha é voltada para os produtores independentes e deve atender, principalmente, aos médios agricultores, e não às usinas, que são responsáveis pela produção de cerca de 70% da cana brasileira.

Visando a estimular a compra de reprodutores e matrizes de bovinos e bubalinos, o governo vai abrir uma linha de crédito limitada ao máximo de R$ 750 mil por pecuarista.

Será aberta ainda uma linha especial de crédito (LEC) para a citricultura, com limite de R$ 30 milhões por agroindústria de suco de laranja.

Além disso, para simplificar as operações, foi fixado em R$ 650 mil o limite de crédito único para todas as culturas e atividades. Para algumas, o limite ia decrescendo até chegar a R$ 200 mil. “Isso fazia com que o crédito se concentrasse mais em soja e milho e o controle era quase impossível de ser feito”, disse Bittencourt.

A intenção do governo é “dar uma certa igualdade entre aqueles produtos que tinham prioridade no passado, por serem commodities [produtos básicos cotados internacionalmente] de exportação, e os voltados mais diretamente ao consumo interno”, conforme explicou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, na semana passada, sem detalhar os valores.

Edição: Vinicius Doria

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