Medicina da UFRJ terá graduação e pós-graduação juntas

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Publicado Quarta, 19 de Dezembro de 2001 às 01:25, por: CdB

Considerada a melhor do Brasil pela segunda vez em três anos de Provão, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quer se tornar, a partir do ano que vem, a primeira a ter um programa que permitirá a seus estudantes cursar ao mesmo tempo a graduação e a pós-graduação. O objetivo é reduzir de 40 para 25 anos a idade média com que médicos alcançam o doutorado. O programa MD PhD foi aprovado e, segundo o diretor da Faculdade de Medicina, Almir Valladares, pode começar no primeiro semestre de 2002. O diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Amâncio Paulino, observou que, hoje, um estudante que começa o curso de Medicina com 17 anos, caso estude ininterruptamente, só termina o doutorado aos 34 anos de idade. Seguindo o roteiro tradicional, são cinco anos de graduação, três anos de residência médica, mais quatro de mestrado e, então, quatro a cinco de doutorado. "Eu levei sete anos para fazer o mestrado, pois já trabalhava e tinha família", disse Paulino. O novo sistema dispensará o mestrado. "Na concepção atual, o mestrado não é pré-condição para o doutorado. O que vale é o talento e a capacidade do aluno para desenvolver com autonomia um projeto significativo", acrescentou. Com o programa MD PhD, os estudantes poderão concluir o doutorado até um ano depois do fim da graduação. Nesta terça-feira, o reitor da UFRJ, José Henrique Vilhena, convocou a imprensa para comemorar o resultado obtido pela Medicina no Provão. Este ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que realiza a avaliação, 11 dos 83 cursos de Medicina do País obtiveram conceito A. Entre eles, a UFRJ teve o maior porcentual de alunos que acertaram entre 75% e 100% do total das questões: 64,9%. Em segundo lugar está a Universidade Regional de Blumenau, com 60,4%. A USP vem em terceiro, com 53,8%. Paulino frisou que o HU da UFRJ é o maior prestador de serviços do Sistema Único de Saúde e realiza anualmente 18 mil internações e 10 mil cirurgias. Possui o quarto maior programa de transplantes de fígado e o terceiro de rins, além de responder pelo maior movimento de internação entre os 45 HUs do País que dão atendimento de alta complexidade. Enquanto a taxa média mensal de mortalidade durante internações é de 4,7 pacientes no SUS, a da UFRJ fica em 3,2 mortes.

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